Regional

Ponte do Exército restabelece ligação entre o Centro e o interior de Sinimbu

A ligação entre o centro de Sinimbu e a região de Linha Rio Grande foi restabelecida com a montagem de uma ponte pelo Exército. A estrutura é diferente das passadeiras instaladas em outras localidades por ser de maior porte, comportando a passagem de veículos com até 65 toneladas. Neste fim de semana, por precaução em razão do grande acumulado de chuva, os militares desmontaram as cabeceiras. A remontagem será feita assim que as condições climáticas permitirem, e a passagem será liberada diariamente das 6 às 19 horas.

Conforme a prefeita Sandra Backes, a nova ponte não precisa ser desmontada se o nível do rio se elevar. “Eles nos avisaram que tirariam os acessos para veículos por prevenção, mas a passagem dos pedestres está autorizada”, explica. O local onde a estrutura foi montada – ao lado do Núcleo Germano Wink –, acrescenta Sandra, foi definido pelo Exército, e não pelo Município. A escolha se deu pela existência da estrada e pelo espaço no entorno, considerando que servirá de rota para caminhões, máquinas e outros veículos.

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Com a nova ponte, as comunidades de Linha Almeida, Linha Estância, Linha Desidério e Linha Rio Branco estão novamente ligadas à Linha Rio Grande. Os militares farão a vigilância e controle do tráfego sobre a estrutura durante as 13 horas diárias em que ela estará liberada para uso da população. A recuperação das pontes danificadas ou levadas pela água, salienta a prefeita, depende da União. Os cadastros foram realizados junto à Defesa Civil Nacional e três já tiveram a reconstrução aprovada: as pontes do Bismarck, Rio Pequeno e Núcleo Germano Wink. Essa última foi cadastrada pelo governo do Estado. Quanto às duas primeiras, a Prefeitura trabalha agora para abrir o processo que definirá a empresa responsável pela execução da obra.

A prefeita ressalta que, apesar do decreto de situação de calamidade pública ainda estar em vigor e permitir a dispensa de licitação, persistem entraves burocráticos que precisam ser respeitados. “O rito se mantém. É verdade que o processo está simplificado, mas ele ainda precisa acontecer.” No caso da Ponte Centenária, no Centro, há tratativas em andamento com a iniciativa privada. A expectativa é de que em julho seja feito estudo para avaliar a extensão dos danos e as intervenções necessárias para restabelecer o trânsito.

Recuperação não é uma tarefa simples

A prefeita de Sinimbu voltou a pedir a compreensão da população e reafirmou que a reconstrução das pontes não é uma tarefa simples como pode parecer. Ainda sobre a Ponte Centenária, ela recorda que um dos pilares foi levado pela água, por isso não é possível recuperar somente as cabeceiras e liberar o fluxo. “Não posso fazer isso. Tenho que ter a responsabilidade de não permitir a passagem de veículos pesados, e é por isso que no momento só podem passar pedestres.” Para garantir a segurança, as laterais receberam proteções.

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A ponte da Casc, em Alto Sinimbu, também continua interditada. O bloqueio é alvo de manifestações recorrentes dos moradores, mas a prefeita garante que não é possível construir uma estrutura provisória sobre a original, danificada pela enxurrada. “É uma ponte muito alta, então eu não posso ter a irresponsabilidade de colocar madeiras por cima dela”, afirma. Uma armação de ferro seria igualmente problemática devido ao peso. “Enquanto não recuperarmos o pilar que foi levado, não posso providenciar outra estrutura por cima dela.”

Outro problema, enfatiza Sandra, é que não há como controlar como a ponte seria usada pela população nem garantir que o bloqueio para passagem de veículos pesados seria respeitado. “É uma construção alta, é muito diferente das passagens menores sobre arroios e riachos.” Uma das alternativas é construir uma passagem sobre o curso d’água, com bueiros e galerias. Há tratativas com o Estado, mas é preciso que os responsáveis pelo Complexo Engelmann autorizem o uso do terreno para a nova travesia.

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Segundo a prefeita, é o lugar mais seguro e com menos custos para executar a obra temporária. “Preciso ter o consentimento dos proprietários. Se eles realmente querem ajudar a comunidade de Alto Sinimbu, precisam nos conceder essa passagem.” Sandra afirma que já conversou com Emídio Engelmann, mas por se tratar de um empreendimento familiar, é necessária a permissão de outras pessoas.

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Iuri Fardin

Iuri Fardin é jornalista da editoria Geral da Gazeta do Sul e participa três vezes por semana do programa Deixa que eu chuto, da Rádio Gazeta FM 107,9. Pontualmente, também colabora nas publicações da Editora Gazeta.

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