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GILBERTO JASPER

Política: um mal necessário?

Sou um defensor da atividade política. Eu sei que muita gente torce o nariz quando o assunto envolve esse tipo de atividade, mas a diversidade de opinião é o cerne da democracia em qualquer país. Aos contrários não adianta recordar que graças à política livramos o Brasil da ditadura e da censura e foram revelados grandes homens públicos que orgulham a nossa história. Neste momento, em que recém teve início o horário político com vistas às eleições municipais de outubro/novembro, as opiniões a favor e contra radicalizam o diálogo nem sempre civilizado como deveria ocorrer. Pego como exemplo mais próximo a “propaganda eleitoral gratuita” que, de gratuita, não tem nada.

Muitas vezes se esquece que partidos e candidatos dispõem de bilhões de reais para disputar os cargos de prefeito e vereador, além da busca de mandatos de deputados estadual e federal, além de senador, presidente da república e governador. Cada centavo, gasto a cada dois anos, sai dos nossos impostos. O governo federal não é uma empresa, ou seja, não tem nenhum produto para comercializar e “fazer dinheiro”. Tudo sai do nosso bolso.

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Apesar das pedras jogadas contra o horário político, é neste espaço – de rádio e tevê – que se conhece os pretendentes a um cargo eletivo. Em toda disputa temos os candidatos conhecidos. Quase sempre são pessoas que já foram vereador ou prefeito ou notórias por serem artistas, como cantores, jogadores de futebol, “influencers” ou (pseudo) celebridade. Por isso, se impõe a pergunta: sem a propaganda, como iríamos conhecer aqueles candidatos anônimos, mas que são competentes em sua profissão e pretendem nos representar? Isso seria impossível sem o horário político.

Muitos irão questionar a qualidade dos programas exibidos todos os dias. Concordo, mas nesse caso, o que menos deveria interessar aos eleitores são os truques proporcionados pela tecnologia com o objetivo de apagar rugas ou manchas da pele, retocar olheiras ou escurecer cabelos esbranquiçados pelo tempo. Tudo para melhorar o visual diante do eleitorado. Mas em política, “beleza põe à mesa”? Deveria ter uma importância tão grande?

Também concordo com aqueles que dizem que a maioria dos candidatos dispõem de pouquíssimos segundos para expor suas ideias. Isso é resultado da legislação, nem sempre justa, mas que foi proposta e aprovada por nossos representantes de Brasília – como deputados federais e senadores. É deles que devemos cobrar serviços de melhor qualidade e que tenham a ver com o cotidiano dos brasileiros.

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Infelizmente a esmagadora maioria dos brasileiros, argumentando ojeriza pela política, nem lembra os candidatos que escolheu há quatro anos. Ignorar a política é ser governado, muitas vezes, por pessoas de baixo nível e dotadas de más intenções.  

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