Seis policiais militares foram presos na manhã desta segunda-feira, 11, suspeitos de envolvimento com uma facção do Estado, a Bala na Cara. As prisões ocorreram durante uma operação desencadeada pela Corregedoria-Geral da Brigada Militar e pelo Ministério Público para investigar a participação de PMs em grupos criminosos. Também foram presos dois integrantes da Bala na Cara.
Durante a ação, ainda houve a apreensão de dinheiro e armas. Cinco PMs foram presos por ordem judicial, enquanto o outro foi pego em flagrante com drogas e arma. No total, foram cumpridos dez mandados de prisão, e todos os suspeitos são ou foram do 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM), que fica em Porto Alegre.
Além das prisões, feitas na Capital e em Canoas, houve o cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão – 17 nas casas e locais de trabalho dos policiais e dez em casas de integrantes da facção – em Porto Alegre, Gravataí, Canoas, Santa Maria, Nova Petrópolis, Cachoeira do Sul e Guaíba.
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A investigação teve início em julho do ano passado, a partir de informações de que policiais em uma viatura da Brigada Militar estariam contando uma grande quantidade de dinheiro em Vila Bom Jesus, bairro da Zona Leste da Capital. A área é de domínio da facção Bala na Cara. Os PMs também estariam extorquindo traficantes no local.
O inquérito ainda não foi concluído e pode envolver outros crimes e novos suspeitos. A partir de agora, segundo o Ministério Público, os presos passarão por interrogatório e o material apreendido será analisado. A investigação continua sob sigilo para evitar prejuízo à completa elucidação dos fatos e identificação de todos os envolvidos.
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Nota oficial do 11º BPM:
“O Comando do 11º BPM informa que na data de hoje (11/06), aconteceu a conclusão de uma operação da corregedoria na sede do batalhão. A operação de investigação teve início o ano passado por solicitação do comando da unidade, cujos detalhes serão publicizados de maneira oportuna pela corregedoria. Esta operação tem como objetivo depurar os quadros da Brigada Militar daqueles que se valem da farda para práticas de fatos que não condizem com o bom nome de nossa corporação”.
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