Com a iniciativa dos soldados Rodrigues, Mateus, Ismael e Lopes Júnior, o comando do 35º Batalhão de Polícia Militar, autorizou uma campanha para arrecadar dinheiro para o soldado Eriston Mateus de Moura Santos, 26 anos, que segue se recuperando do problema neurológico que lhe deixou sem andar e falar em novembro de 2012, quando trabalhava no Pelotão de Operações Especiais (POE) do 9º Batalhão de Polícia Militar, em Porto Alegre.
Ele foi ferido em um protesto contra a Copa do Mundo no dia 4 de outubro de 2012, quando um manifestante atirou um paralelepípedo e atingiu o cachoeirense na cabeça. Na época, Eriston levou oito pontos no corte provocado pela pedrada e dias depois retornou ao trabalho, mas em seguida teve de abandonar a farda.
Com a ação solidaria dos soldados foram arrecadados R$ 3.900,00, que foram entregue na tarde de terça-feira, 23, para Eriston. Além do dinheiro, os policiais deram de presente uma camiseta do POE do 35º BPM. Mais de 130 policias militares de batalhões de todo o estado realizaram as doações, inclusive policiais federais de outros estados.
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Quando retornou para Cachoeira do Sul, Eriston ficava 24 horas deitado sobre a cama, pois não conseguia mexer os braços nem as pernas. Agora, ele já consegue ficar sentado para assistir à televisão e usar o computador. Apesar de não conseguir falar, ele escuta e entende o que ouve. Para responder, faz um gesto com a mão. Assim, ele se comunica com seus familiares, amigos e equipe que lhe atende, formada por fisioterapeutas, fonoaudióloga, técnicas em enfermagem e terapeutas ocupacionais.
Na manhã de terça-feira o policial foi levado pela Brigada Militar para a consulta em Santa Maria e segundo sua mãe, a professora Belquis Reani de Moura Santos, ele já queria usar a camiseta do POE que ganhou dos seus colegas. “Ele fica muito feliz quando recebe visitas dos colegas de farda”, relatou a mãe. Na entrega da doação para se despedir dos policiais, Eriston prestou continência, mesmo com dificuldades de mexer os braços. Também na visita um soldado que se formou junto com ele, em 2009, no 4º Regimento de Polícia Montada, cantou uma música que eram acostumados a cantarem no alojamento e Eriston sorriu muito.
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