Polícia

Policiais da região atuam em operação contra organização criminosa que agia em Soledade

Agentes da Polícia Civil de Rio Pardo e Santa Cruz do Sul participaram na manhã desta quinta-feira, 17, de uma megaoperação policial no município de Soledade. O objetivo da ofensiva é neutralizar uma organização criminosa que atua na região de Soledade com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A ação contou com um efetivo de 145 Policiais Civis, 80 Policiais Militares e dois Bombeiros Militares nas cidades de Soledade, Arvorezinha, Fontoura Xavier e Lagoão.

Conforme a Polícia Civil no decorrer da operação, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva, bloqueadas contas bancárias e sequestrados bens imóveis e veículos, cujo valor ultrapassa R$ 10 milhões.

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A organização

A lavagem de dinheiro acontecia por meio de uma série de práticas criminosas, incluindo a utilização de contas de “laranjas” para movimentar e transferir grandes quantias financeiras, envolvimento de terceiros que guardavam dinheiro em espécie, o uso de empresas fictícias e “de fachada”, bem como a realização de compras reais e simuladas de bens, tanto móveis quanto imóveis.

Entre as empresas fraudulentas, estão revenda de veículos, barbearias, mercados e boates. Além disso, foram identificadas diversas empresas que apenas existiam no papel, como locadoras de veículos, revendedoras de produtos de limpeza, comércio de produtos esportivos e supermercados. De forma surpreendente, até negociações de cavalos de raça eram utilizadas nas transações para esconder patrimônio ilícito.

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O método empregado pelos criminosos envolvia uma técnica conhecida como “reverse flips”, que consistia em simular valorizações ou lucros por meio da venda de bens. Imóveis eram adquiridos por preços significativamente abaixo de seus valores de mercado, muitas vezes de indivíduos ligados ao consumo de drogas, na tentativa de ocultar a origem ilegal dos recursos no suposto lucro obtido com as vendas.

O desfecho das investigações resultou na identificação de dois líderes, três operadores responsáveis pela coordenação do esquema de lavagem de dinheiro, 14 indivíduos que atuavam como “laranjas” ou em atividades correlatas e 13 pessoas jurídicas vinculadas à facção criminosa. Um advogado desempenhava o papel de principal operador financeiro do esquema, representando os membros da facção em troca de pagamentos mensais. Além disso, servidores públicos também estavam envolvidos no esquema, atuando como “laranjas”.

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Guilherme Bica

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