A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese para a morte de Eduarda Herrera de Mello, de 9 anos. “É muito prematuro, mas já temos algumas linhas de investigação. Temos de aguardar o que realmente aconteceu”, declarou a diretora do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), delegada Adriana Regina da Costa, logo após a identificação oficial do corpo no próprio local. “A família reconheceu”, explicou. A necropsia indicou que a causa da morte foi afogamento.
O trabalho investigativo será realizado junto com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Alvorada, sob comando do delegado Edimar Machado. Pelo Deca, o caso está com a titular da Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente Vítima, delegada Andrea Magno. “Não descartamos nenhuma hipótese”, afirmou Andrea, referindo-se, por exemplo, à prática de uma vingança ou a ação de um maníaco. A possibilidade da participação de algum conhecido da vítima também é levada em conta. “Tudo está sendo apurado para verificar efetivamente o que aconteceu. Não vamos revelar nada neste momento para não prejudicar as investigações”, enfatizou.
A mãe de Eduarda, a frentista Kendra Camboim Herrera, de 31 anos, que tem o nome da filha tatuado nas costas, disse que a menina brincava de roller na noite de domingo, 21, em frente à casa da família no bairro Rubem Berta, zona norte de Porto Alegre. Contou que deixou a filha sozinha somente por sete minutos, quando chegou o eletricista que havia chamado por causa de uma falha na luz. Kendra não a encontrou na vizinhança e chamou a polícia, que iniciou as buscas.
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De acordo com a Brigada Militar, houve uma queda de luz na região, quando um veículo de cor vermelha passou no local. O motorista teria chamado Eduarda e seu irmão, que brincavam na rua. Quando eles se aproximaram, o condutor pegou a menina. Segundo a mãe, que teria entrado na casa para verificar se a eletricidade havia retornado, imagens de uma câmera de segurança flagraram o carro vermelho passando em frente à casa e depois fazendo o retorno para ir até onde as crianças brincavam.
O pai da criança, Robson Gomes de Mello, que cumpre pena no regime semiaberto no Instituto Penal de Charqueadas, conseguiu liberação e foi até o local em que o corpo foi encontrado, na ERS-118. Ele tem antecedentes por quatro crimes. A menina estava de bruços e parcialmente submersa nas águas do rio Gravataí, ao lado de um barranco. A suspeita levantada pela família de que ela pode ter sido morta em um ritual também será analisada pelos policiais civis.
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Retrato falado
A Polícia Civil divulgou, por volta das 17 horas desta segunda-feira, 22, o retrato falado do homem que raptou a menina Eduarda Herrera de Melo, 9 anos, no bairro Rubem Berta. O número para contato com a Delegacia da Criança e do Adolescente (Deca) é 0800 6426400.
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Homenagem
Uma manifestação foi realizada na tarde desta segunda-feira, 22, na zona norte de Porto Alegre, para homenagear a menina morta.
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