No primeiro dia de 2025, Silvana Oleinik, moradora de Santa Cruz do Sul, voltava para sua casa após uma viagem de fim de ano. O que ela mal esperava é que se depararia com uma situação dramática logo depois de chegar ao seu apartamento, em um edifício na Travessa Harmonia, no Bairro Santo Inácio. Um dia após o retorno, sua cachorra Cacau, da raça labrador, começou a vomitar e defecar sangue. Ela teve de ser internada em uma clínica veterinária, onde ficou por cinco dias até não resistir e falecer nessa segunda-feira, 6.
Mas o que podia parecer uma doença natural acabou se revelando “um crime planejado”, como define a própria tutora. Foi só enquanto a cadela estava hospitalizada, já em estado grave, que Silvana descobriu o que estava acontecendo: ela havia sido envenenada. A hipótese foi deduzida a partir dos exames realizados na labradora, que mostraram que a substância, ainda não identificada, era altamente tóxica e provocou queimaduras internas severas na cachorra, que tinha cerca de 5 anos de idade.
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Foram feitas necropsia e exame toxicológico para descobrir o que havia acontecido. Além disso, um dia após a internação, Cacau teve de passar por uma cirurgia. Foram necessárias lavagem gástrica e aplicação de pó de alumínio para conter os danos.
A tutora foi à 1ª Delegacia de Polícia de Santa Cruz do Sul para relatar a situação e registrar um boletim de ocorrência. O caso está sendo investigado pelo cartório especializado em crimes de crueldade e maus-tratos contra os animais. No entanto, ainda não há suspeitos para o crime, tampouco possíveis motivações. Imagens de câmeras próximas ao local foram recolhidas para esclarecer os fatos.
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Pedaços de plástico deram indícios do modus operandi
De acordo com Silvana, o envenenamento teria ocorrido entre os dias 28 e 29 de dezembro, enquanto ela não estava na residência. Nesse período, quem ficava responsável pela cachorra era a faxineira do apartamento, que ia ao local duas vezes por dia para alimentá-la e levá-la passear. “Esperaram eu sair para viajar e envenenaram”, afirma categoricamente a tutora. No dia 30, a cachorra vomitou, mas ainda aparentava estar bem e ativa. Foi depois disso que começou a vomitar com mais frequência e defecar sangue, tendo de ser internada.
“Quando foi internada, percebemos algo errado. E aí a faxineira se deu por conta que ela vomitou ração com partes de uma sacola plástica”, revela Silvana. Em seu relato à polícia, a tutora mencionou que o autor do crime teria jogado um saco com a substância venenosa na sacada de seu apartamento, localizado no segundo andar do prédio. Quando a labradora vomitou, foi visto que a sacola já estava vazia, o que indica que ela teria absorvido o veneno.
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Agora, a investigação trabalhará para esclarecer os suspeitos e a motivação para o crime. A tutora de Cacau quer que o caso sirva de alerta para a população. “Agora está na moda envenenar o que não se gosta. São pessoas e animais. Quero que as pessoas não sejam ingênuas como eu fui de pensar que dentro de um apartamento não se tem risco de crueldade”, frisa.
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