Considerada a casa prisional mais segura do Vale do Rio Pardo, a Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) teve duas mortes e uma tentativa de homicídio em apenas 15 dias. O fato chamou a atenção das forças de segurança. No dia 20 de dezembro, um detento de 30 anos foi encontrado morto por volta das 4 horas da madrugada. Ele havia sido preso em flagrante pela Brigada Militar nove dias antes, acusado de agredir a companheira a socos e chutes.
No dia 24 de dezembro, outro homem, de 42 anos, natural de Minas Gerais e morador de Lajeado, que também cumpria pena na Peva, foi encontrado morto. Segundo o policial penal de plantão, o preso foi trocado de cela e permaneceu sozinho durante a madrugada por ter se desentendido com os demais apenados. Quando foi levado o café da manhã, ele já havia falecido.
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Na última terça-feira, uma tentativa de homicídio foi registrada dentro da casa prisional. Um homem de 28 anos, natural de Porto Alegre, estava dormindo quando dois detentos em uma cela ao lado passaram uma corda para o preso que estava na mesma do alvo. O companheiro de cela colocou a corda no pescoço da vítima, momento em que os homens do espaço ao lado a puxaram para tentar matá-lo. Os agentes penitenciários notaram a situação e conseguiram socorrer a vítima. Os três detentos envolvidos responderão a inquérito policial.
Conforme o delegado Paulo César Schirrmann, os dois casos iniciais foram suicídios, mas serão apurados de forma completa. Sobre a tentativa de homicídio, são várias as hipóteses. “Muito provavelmente trata-se de briga entre facções, mas vamos investigar para apurar todo o contexto.” Outro episódio na Peva que chamou a atenção foi o ataque no dia 23 de maio de 2021, quando bandidos armados tentaram invadir a penitenciária para resgatar um preso faccionado. A investigação, a cargo da Draco de Santa Cruz do Sul, jamais foi concluída.
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De acordo com a delegada penitenciária Samantha Longo, sobre os dois óbitos, a gestão da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (8ª DPR) e da Peva fez todos os registros junto à Policia Civil e ao Instituto-Geral de Perícias (IGP). “Os casos também serão averiguados pelo órgão correcional da Susepe. No que tange às políticas de tratamento penal e assistência legal oriundas da Lei de Execução Penal, as gestões local e regional buscam projetos que contemplem saúde e educação aos apenados”, comentou.
Segundo ela, os recolhidos da Peva contam diariamente com atendimentos médico, odontológico e psicológico por meio da Unidade Básica de Saúde (UBS) que existe dentro da penitenciária. “Importante ressaltar que, somente em dezembro, foram registrados junto ao sistema de controle da Susepe 715 atendimentos de saúde no interior da penitenciária. O presídio também oferece aos recolhidos a opção de participação diária em atividades de ensino, pelo Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos”, disse a delegada.
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