Ganhou sequência a investigação da Polícia Civil que apura a conduta de uma empresa do setor moveleiro, de Igrejinha, que em novembro havia divulgado a pretensão de instalar uma fábrica na localidade de Monte Castelo, no interior de Pantano Grande, Vale do Rio Pardo. Policiais interditaram a unidade da empresa no município localizado no Vale do Paranhana, após uma diligência em conjunto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Um inquérito já havia sido instaurado depois que várias denúncias foram movidas por pessoas de todo o Sul do Brasil e de São Paulo, incluindo moradores do Vale do Rio Pardo, contra a Shabby Chic Móveis e Decoração. A empresa produz móveis em madeira maciça proveniente de reflorestamento, como salas de estar, salas de jantar, cozinhas e móveis para quarto.
De acordo com as pessoas lesadas, a Shabby Chic, investigada por fraudes, não estaria cumprindo os prazos de entrega dos produtos e se recusava a responder aos questionamentos feitos por meio de telefone, aplicativo de mensagens ou por e-mail. Quatro denunciantes e um dos responsáveis pela empresa compareceram à Delegacia de Polícia de Igrejinha para prestar os primeiros depoimentos sobre esse caso.
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“Sem licença ambiental”, afirma delegado
Segundo o delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari, durante a diligência na empresa em Igrejinha, na terça-feira, não foram apresentados documentos compatíveis com a produção e número de funcionários da fábrica, que expedia notas fiscais com CNPJ de Micro Empresa Individual (MEI). Ainda de acordo com Caliari, inexistia qualquer comunicado de presença da empresa junto à Prefeitura de Igrejinha.
“Eles atuavam sem qualquer alvará, inclusive sem licença específica exigida pelo órgão de fiscalização do Meio Ambiente, que é fundamental para atividades com matéria-prima em madeira. Encerradas as atividades de fiscalização, o proprietário e locador do prédio foi notificado sobre a interdição da fábrica e do impedimento do exercício de produção até a correta regularização junto aos órgãos responsáveis”, comentou o delegado.
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De acordo com a Polícia Civil, o proprietário da Shabby Chic Móveis e Decorações e sua esposa não estavam na cidade, durante as diligências feitas na terça-feira. Representantes de pessoas que foram lesadas pela empresa disseram aguardar pelo bloqueio de bens e indiciamento dos responsáveis, bem como ressarcimento pelos valores perdidos nas aquisições que não foram completadas.
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