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Caso Francine

Polícia indicia oito pessoas por boato sobre empresário em Santa Cruz

A investigação de um boato que relacionava o empresário Israel Rech à morte da jovem Francine Rocha Ribeiro levou a Polícia Civil de Santa Cruz do Sul a indiciar oito pessoas pelo crime de calúnia. A informação falsa começou a circular em grupos de WhatsApp na noite de 23 de agosto – 11 dias após o crime e na véspera de a polícia divulgar o nome do verdadeiro assassino. A mensagem, que continha uma foto de Rech e viralizou na rede social, afirmava que o santa-cruzense seria amante de Francine – que era noiva de outro rapaz – e teria tirado a vida da jovem para ocultar uma gravidez decorrente do suposto caso extraconjugal.

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Na manhã do dia 24, enquanto Jair Menezes Rosa era apresentado pela polícia como verdadeiro autor do crime, Rech procurou a Rádio Gazeta para desmentir os boatos. Emocionalmente abalado, o empresário passou mal e teve de ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência(Samu). O pai dele, Jorge Rech, falou na rádio e contou que a família havia procurado a Polícia Civil, com medo de represálias.

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Na ocasião, Jorge também afirmou que iriam buscar os responsáveis pelo boato. No dia 27, Israel registrou um boletim de ocorrência e a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) deu início à investigação. Quase uma semana depois, o empresário contou à Gazeta que ainda tinha dificuldades para ficar sozinho e dormir, devido ao episódio.

De acordo com a delegada titular da DPPA e responsável pelo caso, Raquel Schneider, o sistema de criptografia do WhatsApp torna as conversas invioláveis, o que dificultou o rastreamento da origem das mensagens. Os oito indiciados foram localizados através de relatos da vítima e de suspeitos apontados, mas não há confirmação de que algum deles tenha sido o mentor do boato. “O que nós descobrimos é que pelo menos uma dessas pessoas enviou a mensagem sem encaminhar, ou seja, ela mesma digitou o texto e anexou a foto. Todas as outras compartilharam a mensagem e isso, por si só, já configura a calúnia, mesmo que talvez não tenham sido elas que deram início ao rumor”, detalhou.

Se condenados, os indiciados podem pegar de seis meses a dois anos de prisão, além de pagar multa. “É muito importante que as pessoas saibam que criar ou espalhar um boato é crime, e que se elas fizerem isso irão responder pelos seus atos”, frisou. 

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