A Polícia Civil indiciou nesta quinta-feira, 20, o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, pelo crime de violação sexual mediante fraude. O inquérito se refere à denúncia específica de uma mulher de 39 anos. O médium está preso preventivamente há seis dias no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, nos arredores da capital goiana.
De acordo com a vítima, o crime ocorreu em outubro deste ano, durante atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), a 118 quilômetros de Brasília.
A Agência Brasil apurou que, apesar de o inquérito concluir pelo indiciamento, o documento ainda não havia sido protocolado no Ministério Público de Goiás até o final da tarde desta quinta.
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A polícia ouviu até o momento 16 vítimas do médium. O Ministério Público de Goiás recebeu mais de 500 relatos sobre diversos crimes sexuais. Para promotores que atuam na força-tarefa das investigações, João de Deus pode ser indiciado por três crimes distintos – violação sexual mediante fraude, estupro e estupro de vulnerável.
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Os três crimes preveem pena de prisão. Caso o médium seja condenado por violação sexual mediante fraude, a pena varia de dois a seis anos de prisão.
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A expectativa é de haver nesta sexta-feira, 21, em Goiânia, entrevista coletiva de integrantes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Supremo
A defesa do médium João de Deus entrou nesta quinta com um pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF). O habeas corpus foi sorteado para relatoria do ministro Gilmar Mendes, mas, devido ao recesso do Judiciário, iniciado às 15 horas de quarta-feira, 19, o processo foi encaminhado para o gabinete do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, responsável pelo plantão. Toffoli solicitou informações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) antes de decidir sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do médium.
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