Um homem de 39 anos foi indiciado pela Polícia Civil de Venâncio Aires na manhã desta segunda-feira, 7, pelo crime de estupro de vulnerável. O inquérito foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário pelo titular da Delegacia de Polícia, Felipe Cano.
De acordo com o delegado, no mês de julho, a mãe de um rapaz de 33 anos procurou a delegacia informando que o filho, que possui deficiência intelectual, estava sendo abusado sexualmente, mas que não sabia quem havia cometido o ato. Conforme Cano, ela ficou sabendo do fato através das redes sociais. Foram divulgados vídeos em grupos de WhatsApp e outras mídias em que o rapaz aparecia dentro de um banheiro público com outro homem.
O delegado explica que foi instaurado o inquérito e começaram as investigações. “Chegamos até o homem que pratica esse ato sexual com ele e também identificamos quem fez a imagem, pois a gravação que é divulgada na internet não é feita pela mesma pessoa que comete o ato”, esclareceu.
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Conforme a mãe, por causa da deficiência intelectual, a vítima inclusive recebe um benefício previdenciário. “Juntamos documentos médicos que comprovam que ele possui o QI de uma pessoa de 6 a 9 anos. Em tese ele tem 33, mas com a compreensão cognitiva de uma criança. Ele não tem capacidade de gerir ou consentir com um ato desses”, explicou o delegado. Felipe Cano disse que o crime configura estupro de vulnerável pois é o mesmo que cometer o ato contra uma criança.
Se condenado, o homem que cometeu o abuso pode pegar até 15 anos de cadeia. O rapaz que filmou também foi indiciado por divulgação de cena de estupro e pode ser condenado a até 5 anos de reclusão. “Não se descarta que, no futuro, a gente venha responsabilizar outras pessoas pela disseminação desse vídeo pois isso acabou viralizando e o fato de divulgar também configura crime”, disse o delegado.
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