Após a chegada do laudo da necropsia, a Polícia Civil de Vera Cruz revelou na tarde dessa segunda-feira, 8, a identidade do homem encontrado morto no dia 30 de novembro do ano passado embaixo da ponte do Rio Pardinho, na ERS-412 (Vera Cruz– Rio Pardo). Trata-se de José Elito Machado de Oliveira, de 51 anos, natural de Santa Cruz do Sul. Ele foi localizado pelo Corpo de Bombeiros Misto do município, após a ligação de uma pessoa que viu o corpo no local. Uma garrafa de cachaça foi encontrada junto ao cadáver.
A família de Oliveira já foi chamada para retirar os restos mortais no Posto Médico Legal (PML) de Santa Cruz do Sul. Os investigadores já cogitavam tratar-se de José Elito, pois um documento dele foi encontrado no bolso. Contudo, sem o laudo pericial, era impossível a identificação de forma completa e oficial, devido ao estado avançado de decomposição do cadáver.
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Este fator, inclusive, ainda faz com que a causa da morte permaneça um mistério. “Quando encontrado, o corpo já estava há pelo menos 15 dias no local. Isso fez com que, na necropsia, não fosse possível indicar a causa da morte, em função do estado avançado de decomposição. Não havia nenhum estrutura íntegra, sinais de fratura ou mesmo de disparos de arma de fogo”, disse o delegado Paulo César Schirrmann. Isso faz com que a investigação para descobrir se houve crime permaneça em aberto.
Ainda assim, a DP de Vera Cruz ouviu testemunhas para identificar possíveis desavenças ou mesmo dívidas que poderiam ter motivado um homicídio por parte de terceiros. Em depoimento, familiares relataram que o homem era alcoólatra, mas que desconheciam que José Elito tivesse inimigos. Entretanto, revelaram que ele não tinha residência fixa atualmente. A possibilidade de câmeras terem flagrado a queda da vítima da ponte foi levantada, mas não foram localizados equipamentos do tipo próximos do local da morte.
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Zé Lito, como era conhecido, não constava no sistema policial como desaparecido antes da localização do corpo. Sabe-se, porém, que o homem viveu anos no Bairro Faxinal/Menino Deus e cumpriu pena no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul por latrocínio (roubo com morte). Possuía ainda antecedentes por furto, roubo e tráfico de drogas. “Não dá para descartar que tenha caído, ou sofrido um mal súbito. Não há indicativo de homicídio, sendo assim, fica difícil evoluir neste caso”, comentou Schirrmann.
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