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Polícia Federal usará drones para combater fraudes nas eleições

Um novo método de fiscalização será empregado para acompanhar o andamento das eleições municipais no dia 15 de novembro. Neste ano, a Polícia Federal conta com a utilização de drones, que serão empregados no combate a crimes eleitorais. Os equipamentos já eram utilizados pela PF em suas ações diárias de combate à criminalidade, mas será a primeira vez que entrarão em ação durante um pleito.

A tecnologia estará presente também em Santa Cruz do Sul. Segundo o chefe da delegacia da Polícia Federal no município, delegado Elton Roberto Manzke, a PF irá atuar com drones em todas as 13 delegacias do interior do Estado nessas eleições. “Em Santa Cruz, um drone irá sobrevoar os pontos onde há um maior número de seções eleitorais, como Unisc, Parque da Oktoberfest, Colégio Marista São Luís e outros locais.”

Manzke afirma que as eleições são prioridade para a Polícia Federal e o órgão já intensifica ações para evitar práticas ilegais no decorrer da campanha. O drone tem autonomia de voo em um perímetro de até 25 quilômetros e chega a cinco quilômetros de altura, de acordo com a PF.

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O equipamento que irá voar pela cidade pode tirar fotos e fazer vídeos. Uma equipe de agentes será acionada caso sejam flagrados atos como transporte de eleitores, boca-de-urna ou distribuição de material de campanha, práticas ilegais durante o dia da votação.

“Se for constatada através das imagens uma eventual ocorrência, uma equipe de policiais de forma discreta vai identificar os autores e, se necessário, conduzi-los à delegacia da PF para prisão em flagrante”, frisa Manzke. Ele ressalta que muitas ocorrências são registradas durante o período eleitoral e as denúncias aumentam na reta final da campanha, principalmente em casos de injúria, crimes contra a honra de candidatos, partidos ou coligações. “Mas é preciso deixar claro que a policia só pode agir em situações de flagrante. Fora isso, tem que haver requisição do Ministério Público eleitoral ou juiz eleitoral”, destaca.

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Para isso, reforça o delegado, é importante que os apontamentos de crimes eleitorais sejam acompanhados de provas, como vídeos ou fotos. Informações que não sejam acompanhadas de provas têm ocorrência aberta pela Polícia Federal, mas o fato é encaminhado ao MP Eleitoral, para então ser aberta uma investigação. Outro fato grave durante o período eleitoral é a falsa denúncia, com objetivo de prejudicar candidatos ou coligações.

“Dar causa à instauração de investigação policial e de processo judicial, atribuindo a alguém a prática de crime de que o sabe inocente, com finalidade eleitoral, está apenada com reclusão de dois a oito anos”, alerta o chefe da PF em Santa Cruz. Ele orienta ainda que, em casos de flagrante delito, a Brigada Militar pode ser acionada inicialmente. Até ontem, segundo Elton Manzke, não havia nenhum inquérito policiais a respeito de crimes eleitorais em Santa Cruz do Sul.

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OS CRIMES ELEITORAIS E SUAS PENAS
Transporte de eleitores – De quatro a seis anos de reclusão
Compra de votos – Até quatro anos de reclusão
Crimes contra a honra – Até dois anos de reclusão
Divulgação de fatos inverídicos – Até um ano de reclusão

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