A Polícia Federal confirmou que irá concluir nesta sexta-feira, 21, o inquérito da Operação Colono, que investiga supostos desvios de recursos do Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no Vale do Rio Pardo. Ao todo, 14 pessoas devem ser indiciadas, incluindo dois vereadores da região: Wilson Rabuske, de Santa Cruz, e Maiquel Raenke, de Sinimbu, ambos do PT.
No rol de indiciados, cujos nomes só devem ser confirmados hoje pela PF, também devem aparecer outras pessoas ligadas ao partido – como a esposa e um assessor de Rabuske – além de pelo menos oito servidores do Banco do Brasil. Eles são acusados de operar um esquema que teria penalizado cerca de 5,7 mil produtores entre 2007 e 2015.
A investigação apontou que, após o governo federal liberar os financiamentos do Pronaf, os recursos (ou parte deles) caíam em contas da Associação Santa-Cruzense de Pequenos Agricultores Camponeses (Aspac), entidade ligada ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que intermediava os contratos. O prejuízo total apurado pela investigação, que começou em 2012, chega a cerca de R$ 10 milhões.
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O QUE DIZEM
Procurado pela Gazeta do Sul, Wilson Rabuske disse que só irá se manifestar após ser comunicado oficialmente do indiciamento dele e da esposa. Reafirmou, entretanto, que não teve envolvimento com esquema criminoso e que, se for indiciado, terá a oportunidade de se defender e esclarecer a situação.
“Só o que fizemos foi ajudar os produtores”, disse. Rabuske também afirmou que aguardará a evolução do processo para definir sua situação política – desde que o caso veio à tona, em outubro do ano passado, sofre pressão, inclusive de aliados, para que se afaste da Câmara e do PT, mas até agora vinha resistindo.
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Em entrevista à Rádio Gazeta ele complementou que o dinheiro do financiamento que passou pelas contas da Aspac teria sido repassado aos produtores. “Com certeza esses valores retornaram, d euma forma ou de outra, para a conta desses agricultores”, afirmou.
Ouça abaixo a entrevista de Rabuske à Rádio Gazeta:
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Maiquel Raenke disse que aguardará a divulgação das informações de maneira oficial para se manifestar. “Não acredito que meu nome esteja envolvido”, disse.
Perci Schuster não foi localizado pela reportagem.
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