A Polícia Federal (PF) apontou “fortes indícios” de envolvimento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em um possível esquema de corrupção para exportação ilegal de madeira, de acordo com documento em que pediu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para abrir a Operação Akuanduba.
Ainda de acordo com o documento, a PF diz que as provas reunidas já são suficientes para enquadrar o presidente afastado do Ibama, Eduardo Bim, pelos crimes de facilitação ao contrabando e advocacia administrativa.
LEIA TAMBÉM: Ministro Ricardo Salles é alvo de operação da Polícia Federal
Publicidade
O acervo de provas enviado ao STF inclui relatos de reuniões com madeireiros, alterações nas regras de fiscalização, trocas de mensagens, depoimentos de testemunhas e movimentações financeiras atípicas, que atingem o escritório de advocacia de Ricardo Salles em São Paulo. O conteúdo do documento enviado ao STF, de 92 páginas, foi revelado pelo jornal O Globo e obtido pelo Estadão.
Na semana passada, quando a PF deflagrou a operação, Salles negou irregularidades e disse que o ministro foi “induzido ao erro” ao autorizar a busca e apreensão. O presidente afastado do Ibama não se manifestou sobre a decisão.
LEIA TAMBÉM: Operação da PF que mirou Salles investiga contrabando de produtos florestais
Publicidade