Um dos maiores furtos da história de Santa Cruz do Sul continua em investigação, mas está mais próximo de um desfecho. Na noite de 24 de abril, centenas de celulares e um alto valor em dinheiro foram levados de um cofre que estava no subsolo de um depósito da Magazine Luiza, no prédio da loja Marisa, na Rua Tenente Coronel Brito, no Centro. O valor estimado do prejuízo chegou a R$ 1 milhão.
Embora o prédio seja da loja Marisa, dentro do estabelecimento funciona um quiosque com venda de produtos da Magazine Luiza – como os celulares que foram furtados. Desde então, a 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) investiga o caso. Segundo a delegada Ana Luisa Aita Pippi, o grupo que atuou no crime em Santa Cruz do Sul já foi identificado e é da Região Metropolitana de Porto Alegre.
“É uma organização especializada nesse tipo de crime. Em contato com policiais de outras cidades próximas da Grande Porto Alegre, tomamos conhecimento da forma como atuam. O ramo deles é este: furto de aparelhos celulares e arrombamento de cofres em estabelecimentos comerciais do interior do Estado”, afirmou a delegada.
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Uma das informações obtidas pelos investigadores é de que quatro homens vieram a Santa Cruz para realizar o crime. “Eles ousaram, vieram mais de um dia. O alarme do estabelecimento chegou a tocar e os responsáveis acabaram não dando a devida atenção. Se tivessem, teriam evitado a investida dos ladrões, que vieram num dia e retornaram no outro.”
O dinheiro e os celulares não foram recuperados, pois, conforme a delegada Ana, o modus operandi da quadrilha consiste em passar adiante os objetos logo após os crimes. Buscas em outras cidades também foram realizadas pelos agentes da 1ª DP. “Não coletamos a materialidade, pois as informações chegaram de forma tardia e eles se desfazem logo. Mas chegamos ao grupo e temos provas suficientes para indiciá-los. No entanto, temos mais algumas análises ainda antes de efetivar esse indiciamento.”
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A Brigada Militar (BM) foi acionada às 8 horas do dia 26 de abril, uma segunda-feira, após a gerente descobrir o arrombamento, que ocorreu no final de semana. Por volta das 23h30 de sábado, o alarme do estabelecimento tocou. A empresa que faz a segurança chegou a entrar em contato com os funcionários responsáveis para saber se tinham ciência do fato. No entanto, os empregados contaram que um morcego rondava o depósito e poderia ter sido esse o motivo do sinal.
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Por isso, os vigilantes não foram ao local. Imagens de câmeras obtidas pela BM revelaram que dois homens invadiram o prédio ao lado da Marisa às 21h35, com uma mochila grande. Próximo das 23h30, um carro estacionou em frente à loja. A dupla então saiu do mesmo prédio com a mochila e entrou no automóvel. Os policiais militares localizaram uma porta arrombada no subsolo do Edifício Tamam, que fica ao lado da loja Marisa.
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A entrada dava acesso direto ao depósito onde estava o cofre. Constatou-se que os bandidos não apenas taparam com um papel laminado as câmeras de segurança que gravavam a movimentação nos corredores, como também levaram os HDs com todos os registros das imagens, que estavam em uma sala adjacente.
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