Foi remetido ao Poder Judiciário o inquérito a respeito de um dos acidentes mais graves registrados em Santa Cruz nos últimos tempos. O documento detalha a investigação feita pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), que apurou as circunstâncias da colisão ocorrida na manhã do dia 4 setembro, um sábado, na esquina da Rua Ernesto Alves com a Avenida Paul Harris, em frente ao hipermercado Big.

Na ocasião, Cléber Fernando Dias Pedrão, de 44 anos, natural de Canoas, dirigia um Volkswagen Voyage cinza, que ele havia alugado para prestar serviço como motorista de aplicativo. Às 8h40, o seu veículo colidiu com um Spacefox branco e Cléber morreu na hora. A partir da esquina onde ocorreu o acidente, junto à sinaleira, a Rua Ernesto Alves passa a ser contramão para quem segue no sentido bairro-Centro.

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“Ficou claro, a partir de provas e imagens que coletamos, que ele avança o sinal vermelho em alta velocidade, descendo a Ernesto Alves e seguindo reto pela via, e bate no outro veículo, que fazia o cruzamento na Paul Harris”, detalhou a delegada Ana Luisa Aita Pippi, responsável pelo inquérito. O impacto chegou a arremessar o Voyage contra um poste. O Corpo de Bombeiros de Santa Cruz do Sul foi acionado para socorrer Cléber, que havia ficado preso nas ferragens do carro que dirigia.

Quando os socorristas chegaram, no entanto, constataram que a vítima já estava morta. O estado em que os automóveis ficaram após a colisão chamou a atenção de pessoas que passavam pelo local, e isso fez com que muitas delas parassem junto à cena do acidente. A Brigada Militar e agentes da Fiscalização de Trânsito da Prefeitura fizeram o isolamento do perímetro, para que os peritos pudessem coletar as primeiras evidências para a investigação.

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Laudo do IGP

O motorista do Spacefox foi conduzido para atendimento médico. Sem ferimentos graves, ele foi logo liberado. “Diante das evidências que obtivemos, fica claro que a vítima acabou causando o acidente horrível que terminou em sua própria morte. Com o óbito do próprio causador da colisão, o caso é encerrado sem indiciamento”, explicou a delegada Ana Luisa Aita Pippi.

Embora o inquérito já tenha sido remetido ao Judiciário, conforme a titular da 1ª DP, detalhes a respeito de uma suposta embriaguez de Cléber ao volante serão revelados em um laudo, que o Instituto Geral de Perícias (IGP) deve fornecer à polícia nas próximas semanas. Mas isso não vai mudar o desfecho do caso. “Foram coletadas amostras de sangue que irão atestar se ele chegou a ingerir alguma bebida alcoólica ou drogas que pudessem ter influenciado na sua direção, como forma de desvendar a situação por completo”, explicou a delegada.

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