O trabalho minucioso de investigação da Polícia Civil de Candelária identificou os passos de um homem de 49 anos e o colocou como o principal suspeito de ser o autor do assassinato de Rosemara Luciana Boeck, de 35 anos. Com prisão preventiva representada pelo delegado Tiago Bittencourt e decretada pelo juiz Celso Mernak Fialho Fagundes, o barbeiro Nelson Adriano Bernardo, de 49 anos, se apresentou na Delegacia de Polícia (DP) de Candelária na manhã desta terça-feira, 12.
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Ele estava acompanhado do advogado Jorge Pohlmann, de Sobradinho, e, após prestar depoimento, foi conduzido ao presídio do município. O caso em questão aconteceu na madrugada do dia 3 deste mês, e chamou a atenção pela singularidade. A mulher foi assassinada com um disparo de revólver calibre 32 que atravessou a cabeça, às margens do quilômetro 131 da RSC-287, há cerca de um quilômetro do pedágio de Candelária, na localidade de Linha Facão. A vítima era moradora do Bairro Pôr-do-Sol, divorciada, e tinha um filho de 9 anos.
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Desde que o assassinato ocorreu, a Polícia Civil vinha investigando o caso. “Conforme apuramos, a mulher e o suspeito estavam em um relacionamento de cerca de cinco meses. Verificamos no corpo da vítima que ela estava com uma pulseira de uma festa. Fomos até o local e identificamos em imagens de câmeras que este homem estava com ela no evento, ficaram conversando por cerca de 15 minutos e depois saíram juntos em um veículo, por volta de 3h50”, comentou o delegado Tiago Bittencourt.
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A saída do local aconteceu minutos antes do crime, que teria sido por volta de 4 horas. Ainda de acordo com o titular da DP de Candelária, a prisão do barbeiro estava decretada desde o dia 5 de setembro, mas ele teria deixado Candelária, e viajado para Itajaí, Santa Catarina. Supostamente, o homem não teria aceitado terminar seu relacionamento com a mulher. Em depoimento, o acusado relatou outra versão. Disse que na noite saiu com ela da festa, mas a largou em uma parada de ônibus da cidade, e depois seguiu em seu carro para Santa Cruz do Sul.
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O homem de 49 anos, que já possui registros anteriores em sua ficha por violência doméstica, negou o crime e afirmou que não tinha um relacionamento afetivo fechado com Rosemara, apenas saíam esporadicamente dentro de uma relação aberta. Conforme o delegado Tiago, novas diligências devem ser realizadas para robustecer o inquérito, que tem o prazo inicial de dez dias para ser concluído. Nelson Adriano Bernardo aguardará preso o andamento das investigação. O carro dele foi apreendido.
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O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou um teste de luminol no Volkswagen Space Cross branco para verificar a possibilidade de vestígios de sangue. “A gente acredita que, a se confirmar as suspeitas, o motivo teria sido por ciúme ou desentendimentos em relação a esse relacionamento”, finalizou o delegado Tiago Bittencourt. O acusado pode ser enquadrado no crime de homicídio qualificado, com a qualificadora – dispositivo que pode ampliar a pena – elencada pelo feminicídio (fato de a vítima ser mulher).
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