O arsenal das delegacias de polícia da região está mais equipado a partir desta quarta-feira, 31. Já estão à disposição dos agentes para serem utilizadas 11 submetralhadoras, calibre 9 milímetros, fabricação da marca Taurus; e dois fuzis T4, calibre 556. As novas armas fazem parte de um lote adquirido pela Delegacia Regional com recursos oriundos do processo da Consulta Popular de 2018.
“Por uma questão burocrática do Estado, com licitações, compras, registro e outros procedimentos, esse investimento de 2018 floresceu agora e será equipado à polícia do Vale do Rio Pardo, distribuído de forma homogênea pelas delegacias. Os fuzis são da mesma patente do AR-15, já as submetralhadoras dão tiro unitário, duplo e de rajada. Essa é uma novidade, pois até então a polícia não recebia armas que dão rajada”, comentou o delegado regional Luciano Menezes.
O experiente agente relembra o caso de outubro de 2017, quando 36 armas da facção Os Manos foram apreendidas no apartamento de um universitário de 26 anos, no Bairro Avenida. “Aquela vez, apreendemos armas similares a essas. Temos agora um armamento de ponta, até para fazermos frente ao equipamento que os faccionados têm”, salientou Menezes.
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No processo adquirido pelo Estado, as armas tiveram valor total de R$ 70 mil. Cada fuzil custou R$ 7,5 mil. As submetralhadoras tiveram valor de R$ 5 mil a unidade. O armamento recebido nesta quarta-feira complementa um outro lote de 12 fuzis T4, recebido pela Delegacia Regional em 1º de outubro de 2019, também da Consulta Popular.
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“Não somos uma polícia bélica, mas sim de inteligência e resultado. Ainda assim, temos que ter condições de materiais para dar enfrentamento devido à criminalidade.” O delegado ainda agradeceu a comunidade pelos votos obtidos no processo de Consulta Popular, que resultou na aquisição das armas recebidas nesta quarta-feira.
Além das armas, os recursos oriundos da Consulta Popular auxiliaram a Polícia Civil a comprar outros itens para as DPs da região, como móveis, computadores, condicionadores de ar, dentre outros. Desde 2019, porém, o governo do Estado não permite mais que o programa decida sobre a destinação de recursos para saúde, educação e segurança pública. A avaliação do Piratini é que essas áreas não se enquadram em desenvolvimento regional, foco do programa, fato que foi lamentado pelo delegado.
“Saudamos a importância da comunidade, que até o ano de 2019 votaram para repassar recursos à polícia. Sabemos que a segurança pública é uma das prioridades das pessoas. No entanto, antidemocraticamente, a partir daquele ano, a segurança foi varrida do processo de Consulta Popular. Esperamos que nos anos seguintes retorne e a polícia possa poder participar deste processo novamente”, finalizou Luciano Menezes.
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