A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira, 3, uma operação no Bairro Bom Jesus, em Santa Cruz do Sul. Ordens de prisão, busca e apreensão foram cumpridas em residências de homens investigados por um crime de tentativa de homicídio, ocorrido em agosto. A ofensiva foi acompanhada com exclusividade pela reportagem do Portal Gaz.
Um homem de 24 anos foi preso preventivamente, e um adolescente, de 16, foi apreendido. Um veículo também foi confiscado. A investigação do caso é da Delegacia de Polícia (DP) de Rio Pardo. Os mandados foram cumpridos por volta das 6h30 pelos policiais civis da Cidade Histórica, com o apoio de agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), 2ª DP de Santa Cruz do Sul e DP de Pantano Grande. As ordens judiciais foram cumpridas nas ruas Vasco da Gama, Marcílio Dias e Amazonas.
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O caso investigado aconteceu na noite de 21 de agosto, em Santa Cruz do Sul. Por volta das 20 horas, um homem de 22 anos foi raptado em uma barbearia do Bairro Senai e, sob ameaça, foi colocado dentro de um Volkswagen Gol. Depois foi levado até a localidade de Passo da Taquara, no interior de Rio Pardo, quase na divisa com a região de Entre Rios, em Vera Cruz.
No local, o tiraram do carro e mandaram ele correr, o que foi obedecido. Na sequência, os criminosos efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra o rapaz, que atingiram as costas, transfixando o abdômen. Depois, os autores dos tiros fugiram. Ferida, a vítima foi visualizada por populares, que acionaram a Brigada Militar. Uma guarnição foi até o local, assim como uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Em depoimento, o jovem de 22 anos não quis falar sobre a motivação do ataque. Ele também relatou não saber quem eram os autores dos tiros. O homem, que já foi investigado por seu envolvimento com o tráfico de drogas, estava com uma ocorrência de desaparecimento em aberto. Ele foi internado em estado grave no Hospital Regional do Vale do Rio Pardo e precisou passar por cirurgia. O rapaz sobreviveu ao ataque e o seu nome foi mantido em sigilo pelas autoridades policiais.
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Desde então, a Polícia Civil vinha investigando o caso e apurou, por meio de provas técnicas, quem seriam os executores da tentativa de homicídio. Com os indícios, foi solicitado ao Poder Judiciário quatro mandados de busca e apreensão, duas prisões preventivas, uma internação de menor de idade e a apreensão de um veículo. As ordens judiciais foram autorizadas pela juíza Magali Wickert de Oliveira, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Rio Pardo, e cumpridas nesta terça.
Não há confirmação sobre a motivação do atentado, mas investiga-se a possibilidade de ter como pano de fundo questões passionais e o tráfico de drogas. Não se descarta que mais investigados possam ter relação com o ataque. A polícia irá tentar identificar se houve mais executores e um possível mandante do crime. A reportagem do Portal Gaz procurou o delegado Anderson Faturi para falar sobre a investigação.
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No entanto, ele relatou que não comentaria o caso, atendendo a determinação da Associação dos Delegados de Polícia no Rio Grande do Sul (Asdep), que suspendeu entrevistas e o repasse de informações à imprensa em protesto pelo reajuste – considerado baixo pela categoria – que o governo do Estado propôs para o salário dos delegados.
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