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Polícia Civil deflagra operação contra a facção Bala na Cara

A facção Bala na Cara, que domina o comércio de entorpecentes em Candelária, sofreu um duro golpe na manhã desta sexta-feira, 29. A partir das 6 horas, 130 policiais ocuparam o Bairro Ewaldo Prass, conflagrado pela organização criminosa, e cumpriram 31 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, dentro de uma operação chamada de Pac Man. Cinco pessoas ainda foram presas em flagrante, assim como um foragido da justiça.

Ao todo, foram presas 12 pessoas, sendo oito homens e quatro mulheres. A investigação que culminou na operação foi iniciada há cinco meses. O alvo principal era um homem de 26 anos. Ele era o comandante da facção Bala na Cara no bairro, recebendo ordens diretas de um indivíduo conhecido no submundo do crime pelo apelido de “Guidão”, que atualmente cumpre pena na Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos, e que é o líder da organização criminosa com atuação na cidade.

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Nos locais alvos dos mandados, um revólver e uma pistola Glock foram apreendidos, além de munições, coldres e quantidades de maconha, crack e cocaína. Durante as investigações, ficou comprovado que o homem de 26 anos, preso na operação, tem envolvimento nos homicídios que ocorreram recentemente no Ewaldo Prass. “Ou as execuções partiam dele ou tinham o aval dele”, comentou a delegada Alessandra Xavier de Siqueira, que coordenou a operação. Ainda, ele abastecia o município e Cachoeira do Sul com armas e drogas.

“As munições de 9 milímetros apreendidas são do mesmo calibre de armas utilizadas nas mortes recentes no bairro. Carros adquiridos com dinheiro do tráfico também foram apreendidos. Apesar de este comandante não ter nenhum antecedente, ele era uma pessoa muito importante dentro da organização criminosa”, salientou a delegada. Dentre os presos, além do chefe, estavam gerentes de pontos de tráfico, pessoas responsáveis pelo dinheiro e olheiros, além de uma idosa, que fazia o armazenamento de drogas para a facção.

Facção assumiu o comércio na cidade

Ainda de acordo com a delegada, que completou, neste mês, um ano à frente da Delegacia de Polícia (DP) de Candelária, muitos integrantes da facção Os Manos, que em algum momento chegou a dominar o tráfico no município, migraram para a facção Bala na Cara. “Desde que eu estou aqui, eu vejo que o poderio dos Bala na Cara é o mais forte entre as facções”, afirmou.

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Também participaram da operação policiais de Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Rio Pardo, Cachoeira do Sul, Lajeado, Santa Maria, Soledade e outras cidades. Um helicóptero da Polícia Civil auxiliou nas buscas. 20 policiais da Brigada Militar (BM) de Candelária e do canil da Força Tática de Santa Cruz do Sul também participaram da operação.

O nome da operação

A delegada Alessandra Xavier de Siqueira ainda explicou o nome da operação, chamada de Pac Man, que faz referência a um dos jogos eletrônicos mais populares do mundo, na qual um personagem percorre um labirinto repleto de itens, sendo perseguido por fantasmas. O objetivo do jogador é comer todos os objetos sem ser alcançado. “Nossa investigação começou em uma ocorrência da Brigada Militar, na qual os nossos alvos de hoje foram abordados, inclusive um homem que era motorista de aplicativo para os traficantes. Supostamente para não ser pego com drogas, durante a batida, este indivíduo engoliu um invólucro de entorpecentes. Por isso, fizemos a associação com esse jogo de videogame”, disse a delegada responsável pela DP de Candelária.

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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