A Polícia Civil finalizou, na tarde desta sexta-feira, 29, o inquérito criminal referente aos casos de golpes da casa própria, revelados com exclusividade pelo Portal GAZ, que lesaram dezenas de moradores de Santa Cruz do Sul ao longo do último ano. O crime, que configura estelionato, consiste em vender imóveis, cobrar adiantado e não entregar a obra. Embora existam empresas sérias nesse ramo da construção civil no município, a Polícia Civil e o Ministério Público vêm investigando, ao longo dos últimos meses, a conduta de uma construtora em específico, do Bairro Arroio Grande, identificada por aplicar golpes em clientes.
De acordo com a investigação da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), uma quadrilha, composta por um casal (homem de 37 e mulher de 35 anos) que era proprietário da empresa, e outras dois jovens, de 22 e 25 anos, que auxiliavam a dupla, foram indiciados por estelionato e associação criminosa. “Conseguimos angariam elementos de uma sequência de golpes aplicados a muitas vítimas, que pagavam por obras que eram iniciadas e não terminadas”, explicou o delegado Alessander Zucuni Garcia, responsável pela investigação.
“Eles muitas vezes ofertavam preços abaixo do que era praticado no mercado, para atrair mais clientes, que eram vítimas dos golpes”, complementou o delegado. Ao todo, foram 22 ocorrências registradas, que embasaram o inquérito criminal de 587 páginas. A justificativa dos donos da empresa às vítimas, de que problemas financeiros teriam prejudicado a entrega das obras, não restou identificada na investigação.
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“Não foi uma má administração da empresa. Temos diversos elementos apurados de que não tinham mais condições financeiras, estavam cientes disso, de que não conseguiriam dar andamento nas obras já contratadas, e mesmo assim continuavam captando novos clientes. Nesse sentido, ficou evidente que agiram com consciência nos fatos”, explicou o delegado. Foi apurado que a empresa lucrou R$ 1.164,423 com as vítimas.
“Esse é um valor aproximado. Certamente há outros valores de vítimas lesadas em outros município por eles”, disse Alessander. A pena de prisão para crime de associação criminosa é de um a três anos. Para estelionato, a detenção pode ser de um a cinco anos. Das quatro pessoas indiciadas, o proprietário foi o único que não foi localizado para ser ouvido pela Polícia Civil e se encontra, atualmente, em local incerto. Os nomes dos indiciados, bem como da empresa, não foram revelados pela autoridades policiais. O inquérito segue agora para o Ministério Público e Poder Judiciário, que irão analisar as providências cabíveis a serem tomadas.
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