Policiais civis da 1ª Delegacia de Sapucaia do Sul, coordenados pelo delegado Gabriel Borges e pelo delegado regional Mario Souza, após um ano e meio de investigações, identificaram o maior esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado gaúcho.
Valores obtidos a partir do tráfico de drogas e crimes patrimoniais (roubos, latrocínios etc.) eram maquiados e investidos de forma empresarial por facção gaúcha que atua no Rio Grande do Sul, parte do Sul do Brasil e possui ligações internacionais. Os policiais civis após essas investigações com o apoio do Ministério Público do RS representaram e obtiveram 1.368 ordens judiciais.
Os delegados Mario Souza e Gabriel Borges coordenam a execução da Operação Kraken. A coordenação é em conjunto com BM, Susep, CMBRS, Polícia Civil de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, PRF e Depen. São 1.302 agentes públicos cumprindo os mandados no RS e em quatro estados da federação. No Vale do Rio Pardo foram incluídos Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Vera Cruz e Candelária.
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No final do ano de 2020, a 1ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul deu cumprimento a ações de lavagem de dinheiro na Região Metropolitana e Capital. Com isso, logrou êxito no sequestro de aproximadamente R$ 10 milhões em bens móveis, imóveis e valores em contas bancárias de uma organização criminosa que tem seu berço na região do Vale dos Sinos. A partir dessa investigação começou a investigação da Operação Kraken.
Concentrou-se nos crimes de lavagem e ocultação de bens e valores oriundos do tráfico de entorpecentes e alcançou cinco lideranças do grupo criminoso, sendo indiciados pelo pertencimento à organização. A partir do desdobramento, aprofundamento no sentido de encontrar o cerne da organização e, por meio da utilização de técnicas especiais de investigação, foi possível mapear o organograma, a base de atuação, os ramos de condutas delituosas praticadas e a logística dos membros.
Ao longo da investigação, no ano de 2021, foram presos 102 integrantes da organização criminosa, que atuavam em diversos níveis de comando, desde o vapor, puxador de carro até alguns gerentes, além disso apreendeu mais de 10 quilos de entorpecentes e 11 armas de fogo.
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A organização criminosa investigada possui caráter empresarial, atuando de forma regrada, discreta e sempre visando o lucro por meio da prática de infrações penais. Principalmente crimes patrimoniais, narcotráfico e tráfico de armas de fogo.
A investigação apurou que o grupo prática ampla e complexa lavagem de bens e valores oriundos dos feitos de tráfico de entorpecentes, comércio ilegal de armas de fogo, comércio ilegal de pedras preciosas, crimes patrimoniais (roubo, furto, extorsão, estelionato), crimes contra a fé pública (falsificação de documentos, falsidade ideológica, adulteração de sinal identificador de veículo automotor), comércio ilegal de camisetas e símbolos de órgãos e instituições públicas entre outras infrações penais.
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A lavagem de dinheiro é altamente sofisticada, com a aquisição de imóveis e automóveis de luxo na capital, região metropolitana e litoral do RS e SC, além de aquisições de empresas para conversão de valores, como empresas do ramo mobiliário, automotivo e de metais preciosos.
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A investigação comprovou que a maior parte dos delitos cometidos pelo grupo tem determinação e coordenação de dentro do sistema penitenciário. As lideranças se encontram recolhidas em prisões gaúchas e em penitenciária federal, mas seguem coordenando os crimes.
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Foi possível constatar um esquema complexo de remessa de telefones celulares para o interior das penitenciárias com auxílios de drones, visando fornecer comunicação às lideranças. Também foi possível apurar o amplo cometimento de infrações penais de dentro do sistema penitenciário. Inclusive chamou atenção os sorteios e rifas, inclusive de armas de fogo, no interior dos presídios.
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