A Polícia Civil concluiu as investigações de um dos casos de homicídio de duas mulheres registrados no dia 10 de fevereiro, no Bairro Santa Vitória, em Santa Cruz do Sul. Naquela data, por volta de 13h30, Aline Viana Alencar, de 32 anos, natural de Tupanciretã, foi morta a golpes de machado. Pouco tempo depois, por volta de 14h30, uma guarnição da Força Tática da Brigada Militar visualizou um Chevrolet Corsa prata, nas imediações do Hospitalzinho.
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O automóvel fez uma manobra suspeita ao tentar escapar da viatura. No carro, que foi abordado, estavam dois jovens, um de 21 anos no banco do motorista e outro de 17, no carona. Esse último estava sujo de sangue, principalmente nas mãos e pernas. Ele foi identificado como foragido da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), onde cumpria internação pelo homicídio de Carlos William Oliveira de Freitas, de 22 anos, ocorrido em 27 de outubro de 2021, no Bairro Margarida.
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Ao ser questionado pelos policiais militares, o adolescente confessou que havia assassinado Aline momentos antes. Também indicou onde havia deixado o cadáver. Os policiais militares foram até o local apontado e encontraram o corpo da vítima em uma pequena cova, numa área de mata que fica junto a uma ponte na Avenida David Severo Manica, próximo à Escola Harmonia. Ela havia sido morta momentos antes, a machadadas. Havia marcas profundas no pescoço e no braço esquerdo, além de outras por várias partes do corpo. O inquérito deste caso foi remetido nessa quinta-feira, 30, ao Poder Judiciário.
Conforme a delegada Raquel Schneider, que é responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o adolescente que confessou o assassinato irá responder por ato infracional de homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras – aspectos que podem ampliar a pena – elencadas pelo motivo fútil e pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
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“Foi confirmado que ele matou a vítima. Foram ouvidas testemunhas que corroboraram com a confissão gravada em vídeo no dia do fato”, comentou a delegada. Perícias complementares, que devem chegar ao longo das próximas semanas à Deam e podem indicar mais detalhes do caso. Elas devem ser juntadas ao inquérito. O nome do adolescente foi mantido em sigilo pelas autoridades policiais em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Atualmente, ele permanece na Fase.
A motivação do homicídio de Aline Viana Alencar, afirmada pelo autor do crime, remete ao outro caso de assassinado ocorrido momentos antes, também no Santa Vitória. Por volta de 10 horas do dia 10 de fevereiro, Mirian Terezinha Pinto Quevedo, de 57 anos, foi assassinada dentro do chamado Mercado do Toco, do qual era proprietária, na Rua Guilherme Keber.
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Ela foi morta próximo ao caixa, com quatro golpes de picareta – dois na cabeça, um no ombro e outro nas costas. O fato gerou repercussão no bairro e muitas pessoas saíram de suas casas para acompanhar a movimentação policial. Apreendido, o adolescente de 17 anos afirmou aos policiais que havia matado Aline Viana Alencar porque teria sido ela a assassina de Mirian, que ele considerava sua mãe de criação.
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Embora a motivação para o segundo homicídio remeta à autoria do primeiro, a delegada Raquel Schneider e a equipe da Deam buscam comprovar se, de fato, foi a mulher de 32 anos que assassinou a proprietária do mercado. “Este caso permanece em investigação. Precisamos de alguns laudos periciais para comprovar que há essa ligação da Aline”, salientou a delegada Raquel Schneider.
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