A Polícia Civil de Santa Cruz do Sul concluiu nesta sexta-feira, 23, o inquérito do caso de injúria racial que repercutiu na região. Rejane Maus, de 58 anos, foi indiciada por injúria racial três vezes e por ameaça. No dia 2 deste mês, ela foi presa após desferir ofensas racistas contra o garçom Renato dos Santos, no dia do seu aniversário de 32 anos.
O caso teve grande repercussão, especialmente após a decisão da Justiça pela soltura dela, já no dia seguinte à prisão. Conforme a titular da 1ª Delegacia de Polícia de Santa Cruz, delegada Ana Luisa Aita Pippi, foram identificadas outras duas vítimas da mulher durante a investigação. “Foi ouvida uma testemunha e identificamos mais duas vítimas que foram injuriadas no bar também. Uma delas sofreu injúria discriminatória por ser cadeirante e a outra sofreu injúria racial, além da ameaça que a primeira vítima também sofreu”, detalhou a delegada.
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Segundo Ana Luisa, todos os vídeos gravados por câmeras de segurança e pelo próprio Renato dos Santos foram analisados e juntados ao processo, que vai tramitar no Fórum de Santa Cruz do Sul. Rejane Maus manteve-se em silêncio durante todo o processo, do flagrante até os depoimentos. Por decisão judicial, ela responde em liberdade.
“O que mais chamou nossa atenção foram as ofensas proferidas de forma grave às vítimas, todas relacionadas à cor das vítimas e à condição de cadeirante de uma delas. Ofensas proferidas com ódio, raiva, deboche, de forma incessante. Nem mesmo presa ela parou de ofender, injuriar uma das vítimas”, contou.
“O que está previsto em Lei foi aplicado ao caso. O que estava ao alcance da Polícia foi feito e apurado”, disse Ana Luisa Aita Pippi. A delegada concluiu repudiando o crime: “A Polícia, assim como todas as demais instituições, prima pelo respeito entre as pessoas, pelo respeito à dignidade da pessoa humana, pelo respeito à igualdade. Que haja mais amor entre nós!”
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