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Polícia busca preencher lacunas sobre dois primeiros casos de homicídio em Santa Cruz

A série histórica de mais de sete meses sem assassinatos registrados em Santa Cruz do Sul foi rompida de maneira brutal nessa sexta-feira, 10. Em menos de cinco horas, duas mulheres, Mirian Terezinha Pinto Quevedo, de 57 anos, e Aline Viana Alencar, de 32, foram mortas – igualando o número de vítimas femininas assassinadas em todo o ano passado.

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Porém, diferentemente dos casos de 2022, que configuraram feminicídio, os de sexta-feira têm como pano de fundo o tráfico de drogas. E foi dobrando uma esquina de uma das vielas do Santa Vitória, bairro onde aconteceram os dois homicídios, que uma guarnição da Força Tática (FT) da Brigada Militar (BM) deparou com um veículo suspeito e desenrolou a conexão dos fatos, colocando um jovem de 17 anos, foragido da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase-RS), atrás das grades.

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Presente na cena do crime, o delegado Róbinson Palomínio confirmou a relação entre os dois assassinatos. “Ainda estávamos apurando o homicídio da parte da amanhã, conversando com algumas pessoas, quando um policial militar entrou em contato para relatar que havia localizado o homicida da pessoa que teria matado a vítima durante a manhã”, afirmou.

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Segundo ele, pessoas ligadas à criminalidade teriam descoberto que Aline Alencar, que também era usuária de drogas, teria assassinado Mirian Quevedo.

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“Em virtude disso, acabaram mandando que alguém do crime matasse essa pessoa, porque não tolerariam esse tipo de comportamento. Esse menor de idade, de 17 anos, que trabalha para a facção, acabou matando a pessoa que teria assassinado a outra pela manhã”, salientou o delegado.

“Ele acabou confessando para mim, e para os policiais militares, que foi responsável pelo homicídio da tarde. Fez isso porque essa segunda vítima teria furtado um revólver dele e matado a outra vítima da manhã”, complementou. Algumas lacunas ainda precisam ser preenchidas na investigação dos dois casos.

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A Deam, responsável pelos dois assassinatos da sexta-feira, deve confirmar nos próximos dias qual a motivação da primeira morte e se, de fato, como disse o jovem apreendido nessa sexta, a autora do primeiro homicídio foi mesmo Aline Alencar. Com os dois casos de Santa Cruz na sexta-feira, a região
chega a 11 homicídios registrados neste ano. Foram cometidos mais dois em Rio Pardo, outros
dois em Venâncio Aires, três em Candelária, um em Encruzilhada do Sul e um em Passa Sete.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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