A Brigada Militar do Rio Grande do Sul vai investigar relatos de agressões de policiais militares a integrantes de um grupo feminista na noite do domingo, 1, em Porto Alegre. A ação ocorreu enquanto um grupo de cerca de 20 pessoas fazia um ensaio para uma performance artística em uma praça na região central da capital gaúcha. As ativistas promoviam no local um evento chamado “Feira do Livro Feminista”.
Segundo a Brigada Militar (a PM gaúcha), por volta das 23h, moradores das proximidades ligaram para o serviço 190 para reclamar de barulho e uma equipe da polícia foi enviada ao local. De acordo com o relato das participantes do ato nas redes sociais, logo ao chegar à praça, os policiais agiram com truculência para dispersar a reunião. Houve correria. As ativistas afirmam que foram ameaçadas com armas e que houve agressões com cassetetes.
Segundo a Brigada Militar, o relatório dos policiais que atuaram no caso que as participantes afirma que as participantes do grupo, “algumas embriagadas”, não aceitaram as orientações dos PMs e “se voltaram contra eles”. Foram chamadas outras guarnições para fazer a “contenção”, diz o tenente-coronel Marcus Vinícius Gonçalves, responsável pelo batalhão que atua na área.
Publicidade
O oficial diz que os policiais militares relataram ainda ter feito “uso moderado da força” para dispersar o grupo do local. A Brigada Militar diz que desconhece que tenha havido feridos. Após ser procurado por representantes de grupos feministas, o tenente-coronel decidiu abrir uma investigação sobre o caso para apurar responsabilidades.