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Crime

Polícia alerta para golpes aplicados em Santa Cruz

Sem desconfiar de que estava sendo vítima de um golpe, uma idosa de 80 anos entregou R$ 15 mil a um casal nesta semana, no Centro de Santa Cruz do Sul. A promessa era de que a vítima receberia R$ 100 mil depois de auxiliar uma mulher a retirar o valor de um prêmio. Apesar de conhecido, o conto do bilhete fez, somente nesta semana, quatro vítimas no município.

Os principais alvos são mulheres idosas. No entanto, nesta semana, segundo a delegada Ana Luísa Aita Pippi, da 1ª Delegacia de Polícia, um caso chamou a atenção por envolver um casal de idosos. “O golpe do bilhete é um dos mais antigos e o que mais tem incidência de vítimas.

Já foi amplamente divulgado, mas as vítimas sempre caem com a promessa do dinheiro fácil.” 
Na terça-feira, uma idosa foi abordada por uma mulher aparentando 40 anos. Ela pedia ajuda para trocar um bilhete premiado no valor de R$ 1,5 milhão. Logo depois, um homem mais jovem se aproximou e pediu à dona do bilhete uma recompensa de R$ 100 mil para auxiliá-la. Em troca, ele daria uma garantia em dinheiro e disse à idosa para fazer o mesmo. A vítima sacou R$ 15 mil e entregou aos dois, que fugiram em seguida.

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Dos quatro casos registrados, em três deles os criminosos conseguiram escapar com o dinheiro. No último, nessa quinta-feira, uma bancária desconfiou do pedido de saque feito pela cliente e alertou sobre o golpe. Conforme a delegada, apesar da incidência nessa semana, a descrição dos estelionatários não coincidiu. No entanto, ela explica que em geral eles costumam se precaver para não levantar suspeitas. “É comum que troquem os pares. Até para não chamar a atenção.”

FIQUE ALERTA

Confira outros golpes que também foram registrados em Santa Cruz do Sul e outros municípios da região:

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Promoção perigosa  

Um golpe envolve o nome de marcas conhecidas. Boticário e Kopenhagen foram recentemente usados por criminosos para enganar usuários do WhatsApp. Pelo aplicativo, as pessoas recebem convite para uma promoção. Após acessar o link,  acabam se cadastrando em sites que podem deixar o telefone vulnerável a crimes virtuais, inclusive com perdas financeiras.

Falso sequestro

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Um embuste muito aplicado por presidiários continua fazendo vítimas. É o falso sequestro. Nele, os criminosos entram em contato com números de telefones aleatórios, enquanto alguém finge chorar, pedindo por socorro. Os estelionatários ludibriam os familiares por telefone, exigindo depósitos em dinheiro ou mesmo recarga de celulares. Eles fazem de tudo para que a pessoa não desligue o telefone, já que assim poderá fazer contato com o familiar e descobrir que ele não foi sequestrado. 

Auditores 

Em março deste ano, em São José da Reserva, no interior de Santa Cruz, moradores foram alvo de uma tentativa de golpe. Os estelionatários se apresentaram nas residências como auditores da saúde, que necessitavam de informações para uma pesquisa. Somente agentes comunitários da saúde, devidamente identificados, são autorizados a fazer essa visitação. 

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Falsa doação

Em janeiro, a Unisc emitiu alerta sobre um golpista. Um homem se apresentava em nome da instituição e pedia doações para projetos da universidade.

Golpe do carro

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Um santa-cruzense caiu em um golpe em fevereiro, ao tentar comprar um carro pela internet. Por um site, ele entrou em contato com o proprietário de um Honda, morador de Gravataí. Eles acertaram a venda e o suposto proprietário disse que viria a Santa Cruz com o veículo. No entanto, afirmou que precisava de ajuda de custo para o deslocamento. A vítima depositou R$ 150,00 em uma conta bancária e o carro nunca chegou. O vendedor não foi mais localizado. 

Empresas no alvo 

Empresários da região passaram a receber e-mails com uma falsa cobrança do Documento de Arrecadação de Receitas Federais, para emissão de Certidão Negativa de Débitos. O ardil foi registrado em fevereiro deste ano. As prefeituras de Candelária e Vera Cruz se manifestaram, alertando as empresas sobre esse tipo de estelionato, que é aplicado em todo o País. 

Até com hospitais

Nem familiares de pacientes escapam dos falsários. Em fevereiro, o Hospital Santa Cruz fez mais um alerta sobre isso. Os estelionatários fazem contato com parentes de pessoas internadas, principalmente na UTI. Eles se passam por médicos e pedem um pagamento para algum procedimento necessário no paciente, mesmo quando internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Depois indicam uma conta bancária para que seja feito o depósito. Qualquer familiar que receber esse tipo de telefonema deve entrar em contato com a ouvidoria do hospital. No HSC, o número é o 3713 7411.

Sobrinho em apuros

Também aplicado por telefone, outro golpe frequente é aquele em que o estelionatário entra em contato, passando-se por um familiar. Em geral, identifica-se como um sobrinho, que está com um problema no carro e precisa de socorro financeiro para poder seguir viagem. Ele também indica uma conta bancária para que o depósito seja feito.  

O golpe do feitiço 

Um casal perdeu R$ 570,00 em março, no Bairro Rauber. Vendedores de chás se apresentaram como benzedores, com poder de cura. Eles afirmaram que a família das vítimas estava enfeitiçada e passaria por sérios problemas. Ainda cobraram para benzer o filho do casal, que estava desempregado, com a promessa de que conseguiria um trabalho.

Rifa fantasma 

Um método antigo, a rifa, também é usado para enganar pessoas. Os falsários entram em contato pedindo que adquiram números de um sorteio, em benefício de uma instituição. Em Santa Cruz, até o nome da Brigada Militar chegou a ser usado, em 2015. Os vigaristas alegavam que o dinheiro seria usado para pagar horas extras aos policiais e combustível.

Caixa vazia 

Outro truque que fez vítima em Santa Cruz é o da falsa entrega de encomendas. Os criminosos vão até uma residência e afirmam ter uma entrega para um familiar. Mas, para receber os pacotes, a vítima precisa pagar determinado valor. Ao abrir os pacotes, a pessoa ludibriada descobre que eles estão vazios.

SAIBA MAIS

Os golpistas

Como forma de enganar as vítimas, os estelionatários apelam para o emocional. Por isso, geralmente abordam mulheres sozinhas. É comum agirem em dupla. Um deles normalmente mais bem vestido, falante, faz elogios à vítima. O outro, homem ou mulher, aparenta ser uma pessoa humilde, que precisa de ajuda. Ambos convencem a vítima a entregar dinheiro, como forma de provar que é uma pessoa honesta. Para evitar suspeitas, os estelionatários costumam ficar pouco tempo em uma cidade, agem em duplas diferentes e modificam a aparência. 

O que fazer? 

Caso seja vítima de um golpe, tentado ou consumado, comunique imediatamente a polícia. A Brigada Militar pode ser acionada pelo 190 e a Polícia Civil pelo 197. Para os familiares de idosos vítimas do conto do bilhete, é importante atentarem para o resultado desse tipo de situação. As pessoas muitas vezes se sentem culpadas por terem caído no conto e podem apresentar, inclusive, quadros de depressão.

PROTEJA-SE

Desconfie 

Golpistas costumam explorar o apelo financeiro ou emocional. Por isso, não acredite em promessas de vantagens fáceis. Oriente as pessoas idosas sobre os golpes. Desconfie de situações em que você tenha que adiantar algum valor para receber um benefício posterior.

Na internet

Se receber e-mails com cobranças, entre em contato por telefone com a instituição. Não ligue para o número indicado porque pode fazer parte do golpe. E-mails falsos, em nome de bancos, exigindo dados são comuns. Não acredite nesse tipo de mensagem. Não acesse links dos quais não esteja seguro. Instale um antivírus no seu computador. 

No telefone 

Não acesse links de mensagens, principalmente de desconhecidos. Caso caia em algum golpe, avise seus contatos para que não acessem o mesmo link. Desconfie de telefonemas sobre parentes em apuros. Interrompa a ligação e faça contato com a pessoa. Se não conseguir ter certeza de que ela está em segurança, acione a polícia. 

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