O polêmico reajuste salarial de agentes políticos de Pantano Grande voltará à pauta da Câmara de Vereadores do Município nesta terça-feira, 5. O aumento de 8%, que é extensivo a todo o funcionalismo e ao prefeito, vice, vereadores e secretários, foi proposto pela Prefeitura no momento em que o Estado sente os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus e da estiagem prolongada.
A Câmara aprovou o aumento, porém o vereador da base governista, o ex-prefeito Luizinho Balen (PDT), protocolou uma emenda que retirava o reajuste para os agentes políticos. A emenda acabou vetada pelo prefeito Cássio Nunes Soares (PP) e agora o veto irá a votação.
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De acordo com Balen, que em março abriu mão de todo o seu salário de vereador para que os recursos pudessem ser destinados a ações para enfrentar o novo coronavírus, alegou que aumentar salários de políticos “não é justo” neste momento. O subsídio dos vereadores gira em torno de R$ 5 mil, enquanto o salário do prefeito chega a R$ 16,5 mil. “O momento não é próprio para isso. A pandemia está aí, a agricultura entrou em colapso com a estiagem. Podemos fazer uma economia grande se evitarmos esse aumento”, disse.
Soares argumentou que o projeto de recomposição salarial segue os mesmos moldes de todos os anos anteriores de seus mandatos e que o Município possui “condições orçamentárias” para arcar com o aumento. Segundo ele, a mobilização na Câmara tem “movimentos políticos” e o discurso contrário ao aumento configura “populismo barato” e “demagogia”. “Na verdade, eles são contra o aumento porque não podem receber. O salário dos vereadores já está no limite do que a lei permite”, alegou.
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