Por: Guilherme Neto, apresentador do quadro Fliperama, no programa Stadium, da TV Brasil
O aniversário de 25 anos de Pokémon, completados no último sábado, 27, foi celebrado pela Pokémon Company com a revelação de dois novos jogos, ambos com histórias situadas na fictícia região de Sinnoh. O maior destaque é Pokémon Legends: Arceus. Mas, antes de comentar sobre ele, vale falar do outro título anunciado.
Pokémon Brillant Diamond/Shining Pearl (Switch), com lançamento previsto para o fim deste ano, é o esperado remake da quarta geração, Diamond & Pearl, lançado originalmente em 2006 para o Nintendo DS. Os fãs esperavam pela volta da região de Sinnoh desde Pokémon Omega Ruby e Alpha Saphire que, em 2014, trouxeram de volta a região de Hoenn no Nintendo 3DS. A novidade chega com um detalhe interessante: pela primeira vez, um jogo da série principal (ou remake dele) não está sendo feito pela Game Freak, e sim por um estúdio japonês até então desconhecido, o ILCA.
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Trata-se de uma cópia quase exata do original, na qual a principal mudança é o visual aprimorado em perspectiva isométrica. Este promete ser o primeiro título do ILCA que, até então, só havia dado suporte a games de companhias diversas, como Ace Combat 7: Skies Unknown, Dragon Quest XI e Yakuza 0. Todo o desenvolvimento será supervisionado pela Game Freak, com a participação dos diretores dos jogos originais Junichi Masuda e Yuichi Ueda.
A Game Freak, vale lembrar, é a criadora original das aventuras de Pikachu e companhia, tendo desenvolvido o primeiro jogo da série, Pokémon Red e Green, publicado pela Nintendo. Com uma fórmula inovadora, o game não só deu sobrevida ao videogame portátil Game Boy, que parecia viver seus últimos anos, como deu início a um império dos negócios que já superou os US$ 100 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 560 bilhões).
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As possibilidades são muitas e há vários anos são discutidas pelos fãs. É fácil se empolgar depois de assistir às imagens exibidas, embora elas mais realçem perguntas do que entreguem respostas sobre o game. Um detalhe, porém, não passou despercebido por muita gente: o visual do game ainda parece aquém do que o Switch é capaz de entregar, vide títulos como Link´s Awakening, Super Mario Odyssey ou o próprio BotW. Essa é, aliás, uma crítica recorrente nos jogos da série, principalmente naqueles mais recentes (e que também recaiu sobre o remake anunciado na semana passada).
Não mexer em time que está ganhando talvez seja parte do segredo que explica o sucesso da franquia Pokémon ainda nos dias de hoje, capaz de continuar encantando novas gerações de consumidores. Para quem viveu ao máximo a febre Pokémon nos anos iniciais, como eu, é difícil não sentir um certo ceticismo frente a tanto conservadorismo da Game Freak. Torço para que sejamos surpreendidos desta vez.
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