Em um tempo no qual, no mercado editorial, os lançamentos de poesia ficam amplamente ofuscados pelas narrativas, de todo feitio e formato, uma nova edição da Nobel de Literatura de 2020, a norte-americana Louise Glück, é acontecimento digno de comemoração. Para poetas de todas as idades, e nem importa se (e o quanto) publicaram, ler Louise é incontornável. Os versos dela revelam uma bagagem existencial e de leituras que ultrapassa, e de longe, a média do que se publica de poesia no Brasil na atualidade. E, com Louise, não se trata de exibir erudição, e sim de traduzir com simplicidade e autenticidade as marcas que o viver deixou no ser.
Receitas de inverno da comunidade, em tradução da competentíssima Heloisa Jahn, chega pela Companhia das Letras dentro do selo Prêmio Nobel, com 88 páginas, a R$ 49,90. Já no título deixa entrever a capacidade de absorver, assimilar e traduzir um aspecto que tem estado muito relegado ou descuidado nos dias atuais, o da interação social real, prática, com verdadeiro calor humano. É o primeiro livro que ela publicou após receber o Nobel, de forma que permite inferir as atenções mais recentes da autora, que antes tivera um primeiro volume lançado pela mesma editora, reunindo três obras em Poemas (2006-2014).
Aos 79 anos, completados em 22 de abril, essa nova-iorquina funciona como um grande radar para todos os amantes da melhor poesia sobre os rumos da lírica contemporânea.
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