Tomamos um tapa na cara na madrugada do dia 9 de novembro. Trump era o cara, ou a cara que teremos que aguentar como o “homem mais poderoso do mundo”. Primeiro, acho esse título uma bobagem, assim como considero irrelevante o status e o dinheiro em excesso. Quem tem sabedoria já sabe que isso é vaidade e ambição de tolos imaturos. O choque foi tentar entender como uma população de primeiro mundo votou em um imbecil que saiu completamente do modelo tradicional, que fala o que pensa, e pensa de forma imoral. Inimaginável, imprevisível. Esse é o ponto. Temos a pretensão de achar que sabemos o que é correto, previsto e que aquilo que achamos teria que acontecer. Muitos protestaram com medo, contaminados pela estratégia de Donald, que é louco, mas não idiota, e chegou a seu objetivo. O ditado “Os fins justificam os meios” tomou vida neste caso. Modelo ultrapassado, vergonhoso, questionável, mas funcionou. Alguns postam ingenuamente “não gostei”, como se o mundo se preocupasse com o que gostamos ou não. Não faz a menor diferença se gostamos ou não, ou sequer o que achamos. A vida é o que é. Cabe a nossa insignificância aceitar, superar e tentar conviver sem sermos conformistas.
Trump quebrará barreiras, tem coragem para isso. O povo pagará um preço por tê-lo eleito, e talvez diminua sua arrogância perante o mundo. Talvez os EUA fiquem isolados, talvez não. Quem pode dizer o que acontecerá?
Enquanto isso, cabe a nós, brasileiros, cuidar do nosso quintal, sem sujar mais ainda o jardim do mundo. Tudo afeta todos, mas cada um precisará fazer sua parte. 2017 será um ano diferente, precisaremos pensar e agir de forma diferente. Nossa maior lição é sair do óbvio, admitir que desconhecemos o novo padrão de mundo, que todos precisarão ceder, aprender, trazer para o dia a dia os valores morais e a ética, e que nossa forma de viver e fazer negócios até agora é um fiasco. Empresários, aprofundem as discussões de negócios e liderança. O mundo não precisa só de metas e de gestão. Profissionais devem assumir seus trabalhos e suas carreiras com menos mediocridade, criar o que desejam e parar de culpar o tempo ou a empresa de todos os problemas.
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Cidadãos precisam sair de seus umbigos e olhar o entorno. No mundo sustentável, todos precisam ganhar sem que prejudiquemos o planeta. É hora de terminar o ano com dignidade e colocar 2017 no binóculo. O que você deseja para 2017? Qual é seu momento de vida, e agora é hora do quê? O que precisa ser diferente no ano que vem? O que você fará para que isso aconteça? Como construirá uma vida decente e dará sua contribuição para a sociedade? Busque suas respostas. Não culpe o PT, a Dilma, o Trump e o Renan. Agora, o bastão é nosso.
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