Em seu retorno ao Congresso, o ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que estaria disponível nesta quarta-feira, 25, no plenário do Senado Federal, para fazer um discurso e prestar esclarecimentos sobre a divulgação de conversa gravada entre ele o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Entretanto, a sessão do dia foi cancelada e, com as portas do plenário fechadas, Jucá nem sequer apareceu na Casa.
O plenário do Senado foi fechado sob o argumento de que a sessão do Congresso, que durou mais de 15 horas, terminou muito tarde. Ainda assim, a situação não é usual. Em caso de sessões muito longas, vésperas de feriado, e quintas-feiras, é natural que sejam canceladas as votações do dia, mas o plenário permanece aberto em sessão não-deliberativa para aqueles que queiram discursar, como era o caso do senador Jucá.
Mesmo com o término da sessão do Congresso por volta das 4h da manhã, senadores estiveram presentes nesta quarta para o retorno dos trabalhos da Comissão Especial do Impeachment. Além dos 21 senadores que compõem o colegiado, outros que não fazem parte do grupo também compareceram à comissão. Para abrir uma sessão não-deliberativa no plenário do Senado, são necessários apenas cinco senadores.
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Para alguns senadores da oposição, a sessão foi cancelada com o intuito de proteger Jucá e evitar mais exposições. Eles se disseram preparados para confrontar o peemedebista e circulavam pelos corredores até o meio da tarde. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também teve uma conversa com Machado divulgada na manhã desta quarta, não compareceu ao Senado e se explicou por nota. Segundo ele, suas opiniões sobre alteração da lei de delação são públicas.
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