Com o clima favorável dos últimos dias, o plantio do milho avançou no Vale do Rio Pardo e já chega a 20% do total previsto, conforme o levantamento do escritório regional da Emater/RS-Ascar. Tradicionalmente essa etapa começa no início de agosto, mas o tempo chuvoso tornou inviável a preparação do solo e também a semeadura. Apesar do atraso que chega a três semanas em alguns locais, a situação ainda é considerada normal pela Emater e não deve trazer problemas no final do ciclo. A área total deve se manter a mesma do ano passado, cerca de 47 mil hectares.

“Houve um período de alta umidade no solo e os produtores não conseguiram trabalhar com as máquinas nas lavouras. Com isso, temos um avanço mais lento em relação às últimas safras”, observa o extensionista rural Vilson Pitton. A recomendação é de que o plantio comece a partir de 11 de agosto e seja concluído por volta de 10 de setembro. Os agricultores que trabalham com maior mecanização conseguem agilizar o trabalho se as condições climáticas permitirem.

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Mesmo com a valorização do grão no mercado nos últimos anos, a área de cultivo na região teve queda de 15% da safra 2016/2017 para a atual – de 55,3 mil hectares para 47,1 mil hectares. O motivo, explica Pitton, é a alta no preço da soja. Os produtores que possuem terras aptas para a mecanização e implementos adequados acabam optando pela oleaginosa, mais resistente às estiagens que vêm atingindo o Rio Grande do Sul nos últimos anos.

O valor da saca de 60 quilos ronda os R$ 80,00, o dobro do que era registrado há seis safras, mas ainda cerca de 20% abaixo do ano passado, quando chegou a ultrapassar os R$ 100,00. Apesar de valorizado, o custo de produção do milho aumentou de forma expressiva, sobretudo os fertilizantes. Diante desse cenário, ainda que a safra atenda às expectativas, a rentabilidade da cultura pode diminuir, alerta Pitton.

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