As tecnologias do campo, quando corretamente utilizadas e bem orientadas, ajudam a melhorar a produtividade das lavouras na grande maioria das culturas. Com o tabaco, importante produto para a economia regional e fonte principal de renda para muitas famílias, não é diferente. Agregar novas técnicas pode resultar em bons resultados e aumentar a expectativa para futuras safras, situação que acontece em uma propriedade na localidade de Linha Herval.
Há dois anos trabalhando com a Souza Cruz, o agricultor Luiz Limberger, popularmente conhecido como Neco, decidiu apostar no plantio direto na palha, uma forma de manejo do solo que vem ganhando cada vez mais espaço na produção de tabaco. “Essa última safra foi a primeira que colhemos após adotar o plantio direto e já estamos vendo os resultados. E é um processo que requer bem menos trabalho e reduz os custos de produção”, explicou.
Se a safra anterior foi considerada positiva, a atual não deve ficar atrás. Com a colheita prevista para ser finalizada no final de fevereiro, a lavoura de Limberger foi apontada como uma das melhores da região pela Souza Cruz. A qualidade das folhas do fumo da classe Virgínia tem atraído inclusive a atenção de quem passa pelo local. “Algumas pessoas param para tirar fotos. E a lavoura desenvolveu muito bem, está bem parelha”, salientou o agricultor.
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Indo na contramão de alguns fumicultores da região, Limberger decidiu reduzir a área plantada neste ano, 4,5 hectares. O motivo, segundo ele, é para manter a qualidade do produto. “Se fala muito que o mercado tem que ter qualidade. Então, é melhor plantar menos e adubar melhor”, afirmou, justificando que isso pode fazer a diferença na hora da compra por parte da empresa fumageira. Ao todo, foram plantados 65 mil pés de tabaco na lavora.
Ajuda da família e expectativa
Para dar conta do trabalho diário na lavoura, Neco Limberger conta com o auxílio da esposa Lení, da mãe Lorena e do filho Diléo Junior, que não medem esforços para o bom andamento da propriedade em Linha Erval. Na época de colheita do tabaco, a família também terceiriza mão de obra, devido à grande demanda. Há também o cultivo da soja, também com uma extensa área plantada e igualmente chama a atenção pela beleza e qualidade.
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Questionado sobre o que espera da negociação da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e federações com as empresas fumageiras, Limberger acredita que o preço será justo para os produtores. As próximas reuniões acontecem somente em janeiro. E enquanto esperam a definição, a família já está a todo o vapor com o processo de cura das folhas, com as primeiras fornadas saindo.
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