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Plantio de trigo vai crescer 30% na região

Com a manutenção dos preços em alta, as áreas semeadas de trigo devem crescer 30% no Vale do Rio Pardo, Centro-Serra e Alto da Serra do Botucaraí, segundo tendência apontada pelo escritório regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, com 39 municípios na área de abrangência. Conforme a cotação semanal da Emater, a saca de 60 quilos varia entre R$ 80,00 e R$ 86,00.

De acordo com o engenheiro agrônomo e assistente técnico regional da Emater, Josemar Parise, a área plantada em 2020 chegou a 49,5 mil hectares. Contudo, deve atingir 64 mil hectares nesta safra. “Os produtores estão capitalizados pela manutenção dos preços em alta e decidiram ampliar as lavouras. Ainda é cedo para consolidar os números, mas é certo que haverá aumento nas áreas plantadas”, aponta. Os destaques são Rio Pardo, que vai passar de 1,8 mil hectares para 3 mil hectares, e ainda Encruzilhada do Sul, de 2 mil hectares para 2,5 mil.

O plantio de trigo no Rio Grande do Sul em 2021 deve superar, pela primeira vez em sete anos, uma área de milhão de hectares – o que não acontecia desde 2014. De 930 mil hectares em 2020, o Estado tende a plantar 15% a mais, alcançando 1,1 milhão de hectares neste ano. O preço atual da saca é o mesmo da colheita do ano passado, em novembro; mas é bem diferente do que fora registrado no período de plantio, quando a saca de 60 quilos estava em R$ 51,00. Historicamente, a saca não passava de R$ 40,00. Em novembro de 2019, a cotação estava em R$ 38,00.

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Preço recorde foi atingido em maio

O preço do trigo estabeleceu novo recorde histórico na primeira semana de maio no Rio Grande do Sul, segundo a pesquisa diária de comercialização do grão feita pelo Cepea/Esalq/USP. A cotação da tonelada do cereal chegou a R$ 1.522,45, equivalentes a R$ 91,34 pela saca de 60 quilos, quase 50% mais do que os R$ 1.032,58 de 27 de abril de 2000. No Paraná, o valor atingiu R$ 1.628,12. Foi o maior patamar desde 2004, quando a série começou a ser calculada.

A perspectiva de clima é positiva, com uma primavera de poucas chuvas, o que favorece o peso do hectolitro (PH), indicador de qualidade na comercialização. O único alerta é em relação às geadas no período de floração. Entretanto, Parise acredita que só as regiões de maiores altitudes poderão ter algum problema nos dias mais frios. Ele explica que o Brasil produz aproximadamente 6 milhões de toneladas, conforme as condições climáticas, mas consome o dobro. Portanto, a outra metade da demanda é oriunda de importação, principalmente da Argentina.

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CEREAIS NO INVERNO

A demanda aquecida e a valorização na cotação dos grãos deverão incentivar o aumento da área da cevada. A área de cultivo no Rio Grande do Sul deve ter um aumento de 36% em relação aos 39,1 mil hectares do ano passado. Além da malteação, a alimentação animal abre novas oportunidades para crescimento na cultura.

Parise aponta que a área plantada na região de abrangência deve manter-se estável, com 1,5 mil hectares. É importante um clima seco para uma germinação de 95% ou mais, o que é exigido para a produção de malte. No ano passado, a ocorrência de geadas no espigamento e a escassez de chuvas no enchimento de grãos contribuíram para uma redução de 18,3% na produtividade, que ficou em 2.595 quilos por hectare. Com redução na área plantada e na produtividade, a produção caiu 43,6%, ficando em 101,5 mil toneladas.

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A plantação de canola fica em 450 hectares na região, com destaque para Estrela Velha. Outra opção de destaque é a aveia branca, com 26,2 mil hectares. Além do uso para cobertura do solo e pastagens do gado no inverno, o plantio de cereais é essencial para combater as ervas daninhas, o que exige menor utilização de herbicidas nas lavouras do verão.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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