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Plantio da nova safra de soja chega a cerca de 70% na região

O plantio de soja no Vale do Rio Pardo foi ampliado em 6,05% em relação à safra 2020/21, segundo informações da Emater/RS-Ascar, considerando 15 municípios. A área total semeada chega a 203.580 hectares. No ano passado, foi de 191.950. Em torno de 5% da área total do Estado, estimada em 6.328.092 hectares, deverá ser de soja safrinha, com semeadura no final de janeiro sobre a resteva do milho safra.

De acordo com o engenheiro agrônomo e extensionista rural Josemar Parise, aproximadamente 70% da área prevista foi semeada. No ano passado, na mesma época, passava de 90%. A justificativa para o atraso é o baixo teor de umidade do solo. O período indicado para semeadura é até o fim de dezembro. Com o segundo ano consecutivo de La Niña no Brasil, o impacto mais sentido é a escassez de chuvas na Região Sul.

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As áreas semeadas no fim de outubro e início de novembro contaram com bons índices de chuva, o que colaborou para a boa germinação das plantas. Com a estiagem mais recente, o crescimento estagnou, até pelas altas temperaturas, que reduzem a atividade fotossintética. “Se voltar a chover logo de novo, as plantas conseguem retomar o desenvolvimento. Vão ramificando e compensando falhas, sem afetar na produtividade”, explica.

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Para as semeaduras na segunda quinzena de novembro, com uma distribuição irregular de chuvas, a germinação foi mais baixa. Em alguns casos, as lavouras precisarão ser replantadas. Os preços, segundo Parise, aumentaram de forma considerável. No ano passado, a saca de 60 quilos estava sendo comercializada por R$ 134,00. Neste ano, o preço chega a R$ 160,00. “A perspectiva é excelente. Quase todos os municípios tiveram aumento de área e o preço deve se manter em alta”, considera Parise.

No Estado, a estimativa é de 6.328.092 hectares plantados, aumento de 3,62% em relação ao ano passado. A produção deve cair de 20,2 milhões de toneladas para 19.940.407, uma redução de 2,26%. Os números foram apresentados pela Emater/RS-Ascar na Expointer, em setembro.

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) estima um custo de produção em torno de R$ 4,8 mil por hectare, um aumento de 31,78%. Para cobrir o custo, o produtor deve colher 29,1 sacas de 60 quilos por hectare.

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