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Plantas bioativas são aposta para diversificar na região

Uma reunião virtual de representantes de instituições que vão compor o Arranjo Institucional de Suporte à Formação de Cadeias Produtivas de Plantas Bioativas na Região do Vale do Rio Pardo (Valeef) está agendada para a próxima quarta-feira, 9. O objetivo é discutir a implantação de uma cadeia produtiva de ervas aromáticas, medicinais e produtoras de óleos essenciais, classificadas como plantas bioativas.

A iniciativa é resultado de acordo de cooperação entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Unisc. Outras instituições e entidades foram convidadas à reunião, como o Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede), a Emater/RS-Ascar e Afubra, assim como empresas e interessados. Conforme cada etapa, as instituições trabalharão de modo coordenado para desenvolver uma política pública de incentivo a negócios sustentáveis, para diversificar a produção de culturas de alto valor agregado e incrementar a economia regional.

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Desde novembro do ano passado, quando o projeto começou, um diagnóstico do potencial de mercado foi realizado. A conclusão do estudo apontou para o segmento de óleos essenciais, com aplicação na aromaterapia, perfumaria e gastronomia. “O setor está em crescimento no mundo inteiro, e estamos estudando quais espécies podem ser cultivadas na nossa região. É o primeiro setor que identificamos com potencial de mercado”, explica o coordenador técnico do projeto, doutor Sandro Hillebrand, da Unisc.

Uma parceria foi feita com a empresa Vimontti, de Santa Maria, que atua no cultivo, extração e comercialização de óleos essenciais, para assegurar a destinação da produção de quem iniciar o cultivo no Vale do Rio Pardo. A empresa está em crescimento e precisa de mais áreas de cultivo. Com isso, pretende participar da nova cadeia produtiva, com demanda imediata para alecrim, hortelã-pimenta, lavanda e capim-limão. As ações do projeto fazem parte do Programa Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade, lançado no ano passado pelo Mapa.

Uma variedade de menta em floração, período em que se tem máximo rendimento em óleo essencial
Muda de lavanda dentata na primeira fase de desenvolvimento por estaquia
Óleo essencial produzido por arraste de vapor em sistema-piloto no Tecnounisc

Efeito da pandemia

Neste ano, a pandemia impôs atrasos ao cronograma inicial por impedir a realização de determinadas atividades, com treinamentos e demonstrações. Após a reunião do dia 9 de dezembro, as entidades que têm contato com associações e sindicatos poderão auxiliar no trabalho de identificar produtores interessados no cultivo experimental de mudas, com orientação técnica. “Eles terão a garantia de que o produto será comprado. Queremos um modelo semelhante ao do tabaco, em que o produtor planta com a venda já encaminhada, o que possibilita programar os investimentos”, detalha Hillebrand.

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