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Futurismo & Inovação

Planejamento estratégico e futuro

Em 2020 crie núcleo de futuros não de inovação em sua empresa. Chega de falar de futuro, precisamos construi-lo na prática.

Esta é uma época que as empresas começam a pensar no ano seguinte, pelo menos as que não estão apenas vivendo o dia a dia. O que muitos não sabem ou admitem, é que o planejamento estratégico da tradicional escola de negócios não atende mais a demanda atual, e é insuficiente para levar os negócios para a próxima década.

É preciso complementar o planejamento e a estratégia com prospectiva, e nenhum executivo está apto a fazê-lo, porque desconhece os conceitos acadêmicos do Foresight ou Estudos de Futuros, nome oficial e global da disciplina que traz a construção de futuros para modalidade pragmáticas e aplicáveis. Este é o trabalho de futuristas profissionais, que ajudam países, instituições e empresas a se prepararem para o futuro e a anteciparem as mudanças.

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O Brasil engatinha neste assunto. Temos poucos profissionais aptos a usarem estas ferramentas, que vão muito além do mundo digital, considerado apenas a primeira etapa de 20 anos de transformação radical.

No topo dos negócios, executivos ainda não orientados para o futuro deveriam ampliar a visão de futuros alternativos para tomar melhores decisões no presente.

Não existe previsibilidade de futuro, mas existem possibilidades plurais que permitem que as empresas mantenham o que existe, inovem e criem mercados paralelos ou a disrupção em seu segmento. A maioria dos executivos em linhas de decisão estratégica tem exacerbada visão de curto prazo e tem problemas em adiar o retorno do investimento ou até bancar um possível não retorno até que a curva de oportunidades mude. Prometem aos acionistas lucro abundante de forma rápida e isto está cada vez mais difícil. Os acionistas também estão mudando com o novo chamado do planeta. A nova geração e os novos ricos só se interessam por negócios de alto impacto social, que unem propósito e lucro, e os paradigmas do velho mercado capitalista vêm se rompendo aos poucos.

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Nos conselhos, apenas 10% dos membros e executivos estão preparados para olhar para o futuro. O mindset é para manter o que existe e preservar o padrão de vida da família que fundou o negócio. Pode ser um grande erro no presente que repercutirá fortemente em um futuro nem tão longo.

E qual é a solução? Busque futuristas aptos a usarem ferramentas de estudos de futuros globais. São poucos no Brasil, mas já temos profissionais que saíram na frente. Convide seu grupo a prospectar e desenhe uma trilha de pelo menos dez anos para o negócio. É impossível prever, mas visualizar de forma criativa e metodológica é urgente. Testar sem uma linha mestra custa energia, recurso e tempo, e não temos tempo a perder.

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