O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o ministro da Casa Civil. A informação, divulgada na manhã desta quarta-feira, 16, pelo deputado federal José Guimarães em uma rede social foi confirmada pela presidente Dilma Rousseff.
Em nota, Dilma informou ainda que o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC) será ocupado pelo deputado federal Mauro Ribeiro Lopes (PMDB-MG). A presidente da República agradeceu ao ministro interino, Guilherme Ramalho, “pela sua dedicação” à frente da SAC.
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Nessa terça-feira, 15, Lula se reuniu, no Palácio do Planalto, por mais de quatro horas com a presidente Dilma Rousseff e na manhã desta quarta voltou ao palácio, por volta das 9 horas. Também participaram da reunião no Alvorada os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Educação, Aloizio Mercadante.
Wagner deixou a reunião no Alvorada e seguiu para Salvador, para celebrar o seu aniversário. Segundo fontes, ele assumiria uma chefia de gabinete do governo. O ministério de Dilma passará por uma pequena reforma com o ingresso de Lula, mas ainda não são conhecidos os detalhes das mudanças.
Desde que tiveram início os rumores sobre Lula integrar o governo Dilma, a Casa Civil foi apontada como a principal alternativa para que Lula viesse para o governo. Na terça, entretanto, nas negociações a possibilidade apontada era que o ex-presidente assumisse a Secretaria de Governo, no lugar de Ricardo Berzoini.
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Desde terça, a possibilidade de Lula ser nomeado ministro de Dilma repercute entre deputados favoráveis e contrários ao governo. Os petistas apoiam a iniciativa por conta da habilidade política do ex-presidente, enquanto os oposicionistas classificam a hipótese como tentativa de blindá-lo das investigações da Operação Lava Jato.
Foro privilegiado
Tornando-se ministro, Lula ganha foro privilegiado de julgamento. Isso significa que, em caso de denúncia criminal, uma ação contra ele terá de ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal, saindo da alçada do juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância.
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Dúvidas
Lula amanheceu o dia, depois da reunião de quatro horas e meia de ontem à noite com a presidente Dilma Rousseff, ainda muito reticente a assumir um cargo no Planalto. “Lula está em uma dúvida atroz. Ele está com muitas dúvidas sérias”, reconheceram interlocutores do ex-presidente. Apesar disso, todos os integrantes do núcleo de articulação política do governo tentavam convencê-lo.
O apelo da presidente Dilma a Lula foi “dramático”, atestam fontes do Planalto. A alegação da presidente é de que a presença de Lula na equipe seria uma espécie de “bala de prata” de sua gestão.
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*Com informações da Agência Brasil e Estado
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