A novela continua na ERS-403. Uma geração passou e não viu a conclusão do asfaltamento da rodovia entre Rio Pardo e Cachoeira do Sul. Do total de 62 quilômetros entre as duas cidades, 26 são de chão batido. Os veículos levantam poeira nos períodos de seca e ficam salpicados de lama quando chove. No quilômetro 18, logo quando termina o trecho pavimentado, um monte de terra foi colocado na estrada, o que formou um canteiro central. O curioso é a placa afixada: “Homens trabalhando a 100 metros”.
O aviso é em vão, já que as duas máquinas que ainda estão na lateral da estrada – uma escavadeira de esteira e um rolo compactador – estão paradas desde o fim de julho, conforme funcionárias da Escola Estadual de Ensino Médio João Habekost, que fica exatamente na frente da divisória feita na estrada, na localidade de Arroio das Pedras. Uma patrola foi levada por um caminhão. Em um mês, não se avistam homens trabalhando no local, como sinaliza a placa.
No dia 17 de agosto do ano passado, a Secretaria Estadual dos Transportes e o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) assinaram a ordem de retomada da pavimentação do lote 2 (Rio Pardo–entroncamento com a ERS-410), com valor de R$ 5,5 milhões custeados com recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Mas desde então, praticamente nada avançou.
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Em julho, o Daer anunciou que iria rescindir contrato com a Arcol, que já havia substituído a Empa, vencedora da licitação. O órgão informou que irá aguardar a conclusão da camada asfáltica no trecho de Arroio das Pedras para efetivar o rompimento do contrato. A Arcol justificou que não teria condições de dar continuidade aos serviços de pavimentação. Dessa forma, uma nova licitação será realizada para a contratação de uma outra empresa.
Trecho fica no quilômetro 18, na localidade de Arroio das Pedras
(Foto: Bruno Pedry)
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