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Pinturas artísticas na Catedral

A população de Santa Cruz do Sul, liderada pela comunidade católica, está iniciando uma campanha para a restauração interna da Catedral São João Batista. Uma das tarefas mais complexas, certamente, envolverá a pintura, incluindo os belos murais de figuras sacras.

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Na medida em que foram concluídas as obras internas da então Igreja Matriz, em 1937 começou a pintura, sob a responsabilidade do artista alemão Arno Seer. Ele escolheu uma tonalidade esverdeada e executou o grande painel que existe atrás do altar-mor. Alguns anos depois, o telhado começou a apresentar problemas, pois o vento deslocava as telhas de barro. As infiltrações que surgiram provocavam manchas em vários pontos.

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Em 1949, uma comissão decidiu trocar as telhas de barro pelas de fibrocimento (recém- lançadas no mercado). Foi também contratado outro artista alemão, Roman Riesch, para uma nova pintura do templo. Ele residia em Santa Cruz desde 1937, era um desenhista e pintor renomado, que já havia pintado 27 igrejas no Brasil e exterior.

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Roman recuperou a pintura de Seer, trocou a cor esverdeada pelos tons de cinza e azul e fez novas combinações de cores. Além disso, pintou partes que não haviam sido contempladas em 1937, como os murais dos arcos ogivais, e criou figuras de anjos. Só não foi necessário mexer no painel que ornamenta o altar-mor. Ainda efetuou a pintura marmorizada dos altares laterais, que são de madeira.

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O minucioso trabalho estendeu-se por um ano e dois meses. Muitas vezes, o artista precisou pintar deitado (de barriga para cima) sobre os andaimes, para poder aproximar-se do teto e de outros pontos de difícil acesso, a 25 metros de altura.

O mural ao fundo, que forma um cenário apoteótico com a cruz e o altar, é obra de Arno Seer

Em 1959, a Igreja Matriz passou a ser Catedral Diocesana. Roman, que também era ator, escritor e diretor de teatro (grupo Riesch-Bühne), faleceu em 1972 e está sepultado no Cemitério Católico de Santa Cruz do Sul.

Fontes: Gazeta do Sul e livro de Ronaldo Wink sobre a Catedral.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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