A Philip Morris Brasil (PMB) é a terceira fumageira a definir, publicamente, percentual de reajuste para o valor a ser pago ao produtor pelo tabaco na safra 2021/22. Em anúncio veiculado quarta-feira, na Gazeta do Sul, a empresa apontou acréscimo de 25% na tabela, de forma não linear. Destacou estar acima do custo de produção, conforme apurado por auditoria externa.
As primeiras a acertarem os índices foram a JTI, já nas reuniões de discussão sobre os valores, com 19,25%; e a BAT, após os encontros realizados na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), com 18,79%. Ambos os casos superam o custo de produção definido em acordo entre as entidades dos produtores e as empresas.
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No caso da Philip Morris, não se chegou a esse consenso. A diretora de leaf da empresa, Ayane Gitirana, enfatiza que o levantamento foi auditado e reflete a metodologia de cálculo acordada com o Fórum Nacional de Integração (Foniagro). “O posicionamento da empresa é buscar junto às entidades representativas de produtores a adequação dos coeficientes técnicos, que reflitam de maneira justa e transparente os custos de produção, incorporando as eficiências e investimentos feitos no campo e fortalecendo o sistema integrado de produção”, frisa. A Philip Morris reforça que houve divergência quanto aos coeficientes técnicos aplicados pelas entidades.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, discorda. “As entidades sempre estiveram abertas para as negociações, mas tem que ser dentro do que foi acordado no Foniagro. A empresa descumpre as regras, acha que pode fazer tudo o que quer e as entidades têm de aceitar”, critica. Outro fato que não é bem aceito é a não linearidade do reajuste – os 25% não são utilizados em todas as classes de tabaco. “Não concordamos com aumento que não seja na tabela linear. Esperamos que este ano sirva de lição e que ela (Philip Morris) retome as negociações.”
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