A Procuradoria Geral da República (PGR) estuda a possibilidade de pedir a abertura de inquérito na Operação Lava Jato para investigar o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). Na delação premiada de Delcídio Amaral (PT-MS), o tucano foi acusado de receber vantagens ilícitas desviadas da diretoria de engenharia de Furnas. Além disso, Delcídio relatou que Aécio atuou para maquiar as contas do Banco Rural durante CPI Mista dos Correios.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, os investigadores afirmaram que a acusação sobre a CPI dos Correios é a mais forte e tem indícios capazes de gerar um pedido de abertura de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF). Delcídio foi responsável por presidir a CPI dos Correios em 2005 e afirmou que evitou a divulgação de informações a respeito da movimentação financeira de empresas de Marcos Valério que atingiam o tucano e seus aliados.
Além das acusações iniciais, o senador e ex-petista disse ter ouvido que Aécio possui uma conta bancária no paraíso fiscal de Liechtenstein. O procurador geral da República, Rodrigo Janot, e seu grupo de trabalho, devem se dedicar exclusivamente à delação de Delcídio para definir quais fatos possuem indícios suficientes para gerar pedidos de abertura de inquérito ao Supremo.
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Através de uma nota, Aécio Neves afirmou que as informações são falsas e disse que não passam de “mentiras” que não sustentam a realidade. Ele rebateu cada um dos três pontos nos quais Delcídio o citou.
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