A Polícia Federal iniciou na manhã desta terça-feira, 24, a 21ª fase da Operação Lava Jato. O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso em um hotel de Brasília. Bumlai iria depor nesta tarde na CPI do BNDES. Bumlai foi descrito pelo delator da Operação Lava Jato Fernando Soares, o Baiano, como uma espécie de lobista na Sete Brasil, empresa que administra o aluguel de sondas para a Petrobras no pré-sal. Em depoimento, Baiano disse que em 2011 era representante da empresa OSX, de Eike Batista, que tentava obter contratos na Sete Brasil.
Baiano, de acordo com o documento, procurou ajuda de Bumlai porque soube que ele tinha proximidade com o ex-ministro Antonio Palocci. Na operação Passe Livre estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão.
O pecuarista, em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, afirmou que levou o presidente da Sete Brasil a um encontro com Lula, mas negou ter providenciado benefícios a parentes dele. Bumlai também disse que recebeu um repasse de Baiano referente a um empréstimo. Ele também nega ter intermediado o pagamento de uma dívida do PT com o Banco Schahin.
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Após a divulgação do caso, Lula afirmou que nunca atuou como intermediário de empresas nem autorizou lobby em seu nome. As diligências estão sendo realizadas nas cidades de São Paulo, Lins (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Campo Grane (MS) e Dourados (MS).
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