O ex-superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa) e mais três pessoas são acusados pela Polícia Federal de ter desviado R$ 456.181,84 do órgão. O esquema é detalhado no inquérito da Operação Semilla. Segundo as investigações, Francisco Signor e os demais indiciados em abril desviaram a quantia entre os anos de 2014 e 2015 através de contratos com a empresa Ícone Viagens e Eventos.
Após uma análise detalhada de interceptações telefônicas e trocas de e-mails – todos autorizados pela Justiça Federal – os policiais chegaram a essa conclusão. Os valores que foram desviados eram despositados na conta da empresa Delta Compensados, que pertence a um dos indiciados. Depois, o valor era dividido entre os integrantes do esquema. O inquérito também traz uma planilha com custos.
Boletos bancários, IPVA, entre outras despesas pagas com o dinheiro desviado, comprovaram o envolvimento dos demais indiciados por corrupção. O evento de abertura da Colheita do Arroz Orgânico, que teve a presença da presidente Dilma Rousseff, também é citado no inquérito. Nele, o superintendente do Ministério da Agricultura menciona o nome da empresa Ícone e a armação construída para o pagamento dos altos valores que seriam, posteriormente, embolsados pelo grupo.
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A PF não chegou a especificar se o desvio ocorria do dinheiro pago pela empresa ao Ministério ou se a Ícone também tinha participação no esquema. Francisco Signor foi indiciado por corrupção passiva e ativa, associação criminosa e violação de sigilo funcional.
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