Deflagrada nesta terça-feira, 24, pela Polícia Federal, a Operação Replicante cumpriu mandados para desarticular um esquema de fraudes e desvios de encomendas no Centro de Distribuição dos Correios, no Bairro de Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Segundo investigações da PF, que foram iniciadas em 2018, as fraudes causaram prejuízos de cerca de R$ 1 milhão. Laptops, celulares, notebooks e até uma bicicleta de fibra de carbono – equipamento esportivo de alto valor de mercado – foram extraviados durante o trânsito de mercadorias oferecido pela empresa.
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A primeira prisão relativa às investigações de desvio aconteceu em 2019. Foram detidos dois homens, um deles funcionário dos Correios e o outro um falsificador que produzia etiquetas falsas para os pacotes, que trabalhavam em conjunto.
O delegado Hylton Coelho detalhou o esquema de desvio. “O grupo, formado por 12 pessoas, sendo 6 dos Correios e 6 de fora, começou a fazer etiquetas falsas com os números de rastreio de encomendas já utilizados por meio de compras na internet. Eles colocavam essas etiquetas falsas nas encomendas dentro do Centro de Triagem de Benfica. As encomendas então eram remetidas para endereços de membros da quadrilha ou até mesmo para esses funcionários, que colocavam nas etiquetas os endereços de suas casas para recebimento.”
O delegado Coelho disse ainda que “as mercadorias com os números verdadeiros desapareciam e eram enviadas de forma normal por um carteiro, que não tinha conhecimento do esquema e seguia o endereço que estava escrito na etiqueta, como se fosse entregue ao verdadeiro dono da encomenda”, explicou.
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Em nota, a assessoria dos Correios informou que a operação da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, é uma ação conjunta, realizada entre os Correios e a PF, por meio de fornecimento de informações ao órgão de segurança. As ações de busca e apreensão realizadas nesta terça são resultado do desdobramento das investigações que estão sendo conduzidas pela PF.
“Os Correios continuam colaborando com as autoridades e consideram inaceitável a conduta de empregados que venham a agir contra os valores defendidos pela empresa. Por essa razão, a estatal adota, de imediato, todas as medidas disciplinares que os casos requerem”, concluiu a nota.
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