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PF combate grupo criminoso responsável por contrabando de cigarros

A Polícia Federal (PF) deflagrou neste sábado, 22, a Operação Nepsis para desarticular organização criminosa especializada no contrabando de cigarros e combater a corrupção policial que facilitava esses crimes nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas.

Cerca de 280 policiais federais de diversos estados foram às ruas para cumprir 35 mandados de prisão preventiva, oito mandados de prisão temporária, 12 suspensões de exercício de atividade policial e 43 mandados de busca e apreensão nos cinco estados. Entre os presos, além dos líderes e dos “gerentes” da organização criminosa, encontram-se policiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar e da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.

Segundo a PF, a organização criminosa investigada formou um consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Mato Grosso do Sul.

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De acordo com as investigações, essa rede estava estruturada em um sistema logístico de características empresariais, com a participação de centenas de pessoas exercendo funções de “gerentes, batedores, olheiros e motoristas” e, ainda, a corrupção de policiais cooptados para participar do esquema criminoso.

Com base na investigação, estima-se que, no ano passado, os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1,2 mil carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

A Polícia Rodoviária Federal participa da operação, que contou ainda com a colaboração da Receita Federal do Brasil, apoio logístico do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira (FAB) e acompanhamento das corregedorias das polícias Civil e Militar.

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De acordo com a PF, Nepsis reporta a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atenção plena, em uma alusão à vigilância necessária para combater “as sofisticadas atividades contrabandistas e no que concerne à própria atividade de fiscalização estatal no combate à cooptação integrantes de órgãos de repressão e fiscalização”.

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