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Pezão, Paes, Garotinho e Lindbergh negam acusações de delação

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o prefeito da capital, Eduardo Paes (PMDB), negaram neste domingo, 11, quaisquer irregularidades no financiamento de suas campanhas eleitorais, em 2014 e 2012, respectivamente, após a revista “Veja” revelar que Leandro Andrade Azevedo, um dos executivos da Odebrecht que fez acordo de delação premiada, citou repasses da empreiteira aos políticos fluminenses.

A assessoria de imprensa de Pezão disse que o governador não comentará a acusação de que teria recebido R$ 23 milhões em dinheiro vivo e 800 mil euros via caixa 2 da Odebrecht para a sua campanha eleitoral, mas acrescentou que “todas as doações de campanha foram aprovadas pela Justiça eleitoral”.

“O governador não comenta informações vazadas e declarações seletivas. Todas as doações de campanha foram aprovadas pela Justiça eleitoral. Pezão não praticou ou autorizou ações fora da legalidade”, diz a assessoria, em nota. A assessoria de Paes informou, por escrito, que o prefeito não comentará “informações baseadas em vazamentos de supostas delações não homologadas”.

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“De qualquer maneira, (Paes) nega que tenha praticado ou autorizado qualquer ato ilegal para arrecadação de fundos da sua campanha à reeleição em 2012. Paes reforça que todas as doações foram oficiais, feitas dentro da lei e suas contas de campanha foram aprovadas pela Justiça eleitoral”, diz a nota.

Leandro Azevedo também citou o casal de ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho. Conforme a revista “Veja”, o executivo disse no depoimento preliminar para a delação que a construtora desembolsou um total de R$ 9,5 milhões em contribuições oficiais e repasses de caixa 2, entre 2008 e 2014.

Garotinho, que foi preso preventivamente no mês passado por decisão da Justiça eleitoral de Campos dos Goitacazes (Rio) e responde em liberdade a um processo em que é acusado de compra de votos, rebateu as alegações do executivo da Odebrecht.

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“Existem recibos eleitorais, comprovantes de gastos da campanha e abertura e fechamento da conta eleitoral no Itaú, na cidade do Rio de Janeiro. Entendo o momento difícil que a empresa vive, assim como as demais empresas envolvidas em denúncias de corrupção. Mas querer me comparar a Sérgio Cabral ou outros políticos que usam o governo para enriquecimento pessoal não é justo, nem muito menos verdadeiro”, escreveu Garotinho em seu blog, referindo-se ao ex-governador peemedebista preso em novembro por suspeita de recebimento de mesadas milionárias de empreiteiras.

Segundo a “Veja”, Leandro Azevedo também informou os investigadores que o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) teria recebido R$ 3,2 milhões em caixa 2 para suas campanha ao Senado, em 2010, e à prefeitura de Nova Iguaçu, em 2008. Em nota, o senador disse que desconhece a delação.

“Desconheço a delação citada; não tenho, portanto, como responder algo que não é de meu conhecimento. Reforço que todas as minhas campanhas tiveram suas contas aprovadas pela justiça eleitoral e que, recentemente, a Polícia Federal solicitou o arquivamento da investigação aberta após citação semelhante. Tenho a consciência tranquila, não tenho o que temer”, diz a nota emitida pela assessoria de Lindbergh.

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